Há 18 anos o órgão federal faz esta campanha e quem quiser presentear é só buscar uma carta e entregar o presente. O resto o Correio faz.
Desde o ano passado pego uma ou duas cartas, na própria Assembléia, que entrou na campanha como parceira.
Minhas duas crianças querem brinquedos, claro. Escolhi a carta com o seguinte critério: pedido farto e brinquedo útil. A primeira, é uma menininha de 9 anos que quer uma cama, um guarda-roupa e uma boneca bebê não sei o quê.
Gostei do pedido. Com a menina não tem miséria. Pede tudo que tem direito, o que vier é lucro. Pedir mais para ganhar o necessário ou o mínimo é estratégia aprendida nos meus tempos de Sindicato dos Jornalistas.
A segunda menina, de 6 anos, é uma empreendedora. Me cativou o pedido de uma "caixa registradora para brincar de supermercado e quando crescer, trabalhar de caixa em um supermercado para ajudar minha família".
Achei o máximo. Ela, tão pequena, já tem senso de oportunidade, idéia de futuro.
Não sei como vou fazer com a cama e o guarda-roupa, já que um dos critérios de doação via Correios é um peso de no máximo 30 quilos e determinado tamanho. Mas vou tentar.
Fiquei pensando nas milhares de cartas que ficam no Correio, porque ninguém pega.
Deve ser uma frustração danada para as crianças que as escrevem.
Bom mesmo seria que várias empresas particulares e públicas levassem parte das cartas recebidas para que seus funcionários e visitantes as adotassem.
Ajuda muito na redistribuição dos pedidos, já que não é todo mundo que tem tempo ou se dispõe a passar na agência do Correio que centraliza esta iniciativa maravilhosa.
Quem quiser falar no Correio para obter mais informações pode ligar no (31) 3201-2412
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