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Para quem não perde nunca o gosto de opinar, nada melhor do que a internet. E ela também é responsável pela superação do angustiante mas publicar onde? Este é nosso espaço para falar de política, economia, cotidiano, nostalgia, polêmicas e bizarrices desse nosso mundo

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cidade Feudalizada - reprodução

Pela pertinência, pela lucidez reproduzo o artigo do Jorge Espechidt abaixo, com o link para o texto completo:

Direito à Cidade
CIDADE FEUDALIZADA
Não causa surpresa a decisão da Justiça, noticiada pela imprensa, de permitir o uso de guaritas de segurança na Rua Carrara, Bairro Bandeirantes. Concordo com o juiz que os cidadãos têm o direito de se proteger, já que o estado não tem sido capaz de fazê-lo. Contudo, a cabine fere o Código de Posturas – lei que disciplina o uso do espaço
Postado por ADRIANA às 08:49
Marcadores: Indignação

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Sou dessas jornalistas antigas, que já ralaram muito por aí. E para não perder o costume e a vocação para a polêmica,escrevo em mais um blog, "Viagem com Saramago". Me acompanhe.
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Anjos e Demônios-
Fui logo no segundo dia da estreia, para não ouvir muito blábláblá sobre o filme.
O filme está impecável na narrativa, fazendo com que o espectador possa entender tudo, mesmo sem ter lido o livro. Diferente do Código Da Vinci, que tem uma narrativa confusa, talvez pela extensão de informações do livro, difícil de ser contada em uma hora e pouco.
Anjos e demônios tem uma sequencia linear, o que facilita a compreensão.
Só que ainda acho que Tom Hanks são convence como Roberto Langon. Seguindo o modelo do livro, o professor deveria ser alguém muito bonito e sexy e Tom não é nenhum dos dois. É um excelente ator, mas acho que o papel não lhe caiu bem.


O menino do pijama listrado
Também da onda de releituras do Nazismo, O menino do pijama listrado é um filme estranho. Do livro do mesmo nome, que aguarda na fila da minha cabeceira para ser lido, o filme mostra uma história estranha. Ao contrário de toda a literatura sobre aquele período de Hitler, quase sempre baseada em fatos reais, o menino é inteiramente ficção. A história do menino alemão que fica amigo de um garoto judeu de um campo de concentração e acaba dentro dele, deixa uma sensação estranha na gente.
Reflexões do tipo, o "justo paga pelos pecadores" são inevitáveis. Assim também o gosto amargo com o desfecho.


Wolverine - As origens
Só quem gosta mesmo da série do X-man para ir ver. Eu como adoro, já estava aflita porque o filme havia estreado e eu ainda não havia ido.
Bem, não me arrependi. Tem a história, os efeitos, o bem e o mal. Meu Deus, que fotografia é aquela? Que lugares!
Só é preciso avisar que o filme acaba mas não acaba. Por isso, quem sai do cinema, logo após o início dos letreiros, perde uma cena, a da prisão do coronel no meio de uma estrada. E pior: depois que fica mais de 5 minutos passando todos os créditos e aí todo mundo já foi embora, ainda volta na tela e aparece uma última cena.
Ô gente maldosa que não avisa!!!


Quem quer ser um milionário -
Nem bem acabei de postar abaixo e um dia depois vi que queimei a língua. É preciso assitir o filme Quem quer ser um milionario, sem ler críticas e o ôba ôba da imprensa para entender por que ele foi tão premiado.
Mas mais do que eu escrever qualquer coisa aqui, vou encaminhá-los para o comentário da Patrícia Duarte, jornalista de texto e pensamentos excepcionais.
Leiam:
http://soestoupensando.blogspot.com/2009/03/persistir-e-preciso.html



O Leitor -
Não vi "Quem quer ser milionário", mas não entendi por que "O Leitor" não ganhou o Oscar de Melhor Filme. Depois que assisti me convenci de que a Academia realmente gosta mais de Big Brother: muito barulho, muito estardalhaço e muito público. E óbvio, a crítica toda favorável.
O Leitor é um filme intimista, não é de grandes bilheterias ou multidões disputando ingressos.
Sua história é como a de "A Vida é bela" - um acontecimento passado doloroso revisto sob um ângulo de delicadeza.
Um amor de adolescente perpassado por um julgamento de um crime nazista é contado com todos os recursos clássicos de uma boa direção. Além do mais tem um tom intimista, cheio de vozes sussuradas, de silêncios, de olhares distantes.
É daqueles filmes que deixam o nó na garganta, a lágrima lutando para não sair.
Ralph Fiennes mais uma vez imperdível.
E todos os créditos também para Kate Winslet



Apenas um sonho -
Kate Winslet e Leonardo DiCaprio formam casal novamente para contar esta história, que achei meio fraquinha. É um caso banal, casal da década de 50 que enfrenta dificuldades de relacionamento, quando começam a aparecer as frustrações pelos sonhos abandonados. Talvez tenha sido problema de direção, porque tantas histórias banais deram ótimos filmes. O filme não teve algo que marcasse, simplesmente se esquece assim que se sai do cinema. Não ficou nada incomodando, remoendo lá dentro, apesar de uma cena forte quase no final do filme. Mas no todo foi linear.



Spirit-
Este é o segundo quadrinho adaptado para o cinema que mantém algumas características originais do desenho, pelo menos que eu tenha visto. O outro foi Dick Trace, com o Warren Beat, há muito tempo.
Spirit conta a história com um personagem de carne e osso, mas usa o recurso do desenho em algumas cenas. E usa a tinta se esparramando pela tela, principalmente a vermelha, como no quadrinho. E também usa a cidade desenhada como é na revista. É o policial que ganha alguns poderes especiais depois de um ferimento grave e passa a combater o crime em sua cidade isoladamente, tipo justiceiro.
É interessante a mistura, dá bom efeito.
Mas o filme é meio chato, não dá para sentir a angústia do personagem Spirit, como na revista.
Certamente não é problema de adaptação ou de roteiro!


Austrália -
Parece que o filme não deu o ibope que se esperava de sua carésima produção. A crítica é implacável com filmes repetitivos. Austrália não tem nada de novo, nem o tema. É a mesma história de ingleses que têm fazenda na Austrália, lutam contra as adversidades, com um proprietário ganancioso que quer todo o mercado de gado, etc. Mas conta a sua história de forma agradável, tem Nicole Kidman impecável como sempre, e tem uma fotografia espetacular.
Para mim é uma combinação mais do que suficiente para me deixar satisfeita ao final da exibição.


Wachtmen -
Sempre gostei das adaptações de quadrinhos para o cinema. Taí o Batman, muito melhor do que o da revistinha, que era meio bobo, com aquela onomatopéia de "poin, toutc, panc, toinns", das lutas.
Muita gente torceu o nariz para o V de Vingança dizendo que a adaptação mutilou o quadrinho. Eu adorei. Achei grandioso, adequado para a linguagem cinematográfica.
Comics são comics, cinema é cinema, duas formas de expressão distintas.
A adaptação de Wachtmen ficou magnífica. Foi possível contar a história dos super-heróis mais humanos e bobos que já vi, sem pieguice e com humor. E de quebra com alguns bons momentos de ironia, nas remissões de acontecimentos históricos, como as decisões de Nixon e de seu poderoso secretário de Estado, Henry Kissinger. E ainda a piada sobre Reagan.
Os Vigilantes são humanos cheios de defeitos: alcoolismo, insegurança, solidão (quer algo mais solitário do que o azul brilhante do corpo e os olhos vazios do Dr. Manhattan?).
E a narrativa é boa, capaz de surpreender até quem conhece o quadrinho.


Operação Valquíria -
Não sei por que de repente Hitler virou moda. Há filmes e inúmeros livros sobre aquele período negro. Parece que quanto mais os alemães tentam esquecer, mais o mundo se esforça para deixar tudo vívido.
Operação Valquíria é um bom filme. Bem contado, com o suspense mantendo a tensão até o final, sem perder o fio da meada. Tom Cruise está muito bom. A história de um atentado a Hitler mantém a gente na torcida para que a conspiração tivesse êxito, mesmo sabendo que isso não iria acontecer.
A tensão é constante até o final, apesar de a gente saber que não haveria nenhum final inesperado ou grandioso.

x.x.x.x.

O curioso caso de Benjamin Button
Uma fábula sobre o tempo e seus desígnios sobre o homem. Brad Pitt cada vez melhor mais velho, cada vez melhor mais novo; e mais lindo, em ambos os casos
Não dá para perder o filme. É longo, putz, três horas!
Mas e daí? São três horas de puro lirismo, mesmo para aqueles chatos e pentelhos que abominam filmes em off. Eu acho um recurso ótimo, intimista.
De quebra ainda há a referência sobre a passagem do Katrina sobre Nova Orleans, afinal o filme foi feito lá, na mesma época.
Brad Pitt até liderou, após aquela tragédia, um movimento de "reconstução já" da cidade.
Tem gente achando o filme parecido com Forest Gump.
Nada a ver. Ambos são fábulas, é claro, mas só isso.
Benjamin Button é muito mais uma hipótese de como seria nossas vidas, se fossem determinadas por este e não aquele acontecimento. Um exercício de imaginação fantástico!

x.x.x.x.

Rede de Mentiras -
Ridley Scott (Blade Runner) na direção é motivo suficiente para ir ver Rede de Mentiras. Ninguém como ele, para fazer de temas banais, filmes com direção primorosa e desfechos inusitados.
E para completar há Leonardo di Caprio, para mim o melhor ator de Hollywood do momento, ainda que a má vontade da crítica norte americana, por causa de seu rostinho bonito, o deixe na vala comum dos atores "bonzinhos". Ficou estigmatizado por Titanic e parece que ninguém mais quis reconhecer suas grandes atuações como em Dimantes de Sangue e Os Infiltrados.
Azar de quem não vai vê-lo. E Rede ainda tem Russel Crowe, cínico, maníaco, nada parecido com aquela chatice que ele costuma fazer


Viagens & Cia

México arqueológico
É difícil uma cidade no México que não tenha uma ruína pré-hispânica. Por isso fica até difícil escolher o que visitar. Aí é preciso fazer uma opção e uma boa sugestão é pegar os locais mais representativos dos astecas e dos maias.
Por isso você precisa começar pela Cidade do México. Ali está o conjunto mais representativo dos astecas ou mexicas, povo que conquistou quase todo o país e que deu nome à colônia que os espanhóis chamaram de Nova Espanha. Os mexicas conqusitaram outros povos pré-hispânicos, como toltecas e olmecas.
Templo Mayor - Bem no centrão da capital, no Zócalo, ou praça principal, está o templo dos astecas, onde ocorriam sacrifícios humanos, comprovados por uma parede inteira de caveiras de pedra. O complexo foi descoberto em 1978 por equipes de telefonia.
Aproveite que está por ali, se não estiver em excursão, porque aí a coisa vai ser meio corrida, e visite o Palácio do Governo, com os murais fantásticos de Diego Rivera; a Catedral de Guadalupe, a moderna, porque a antiga está em reforma, já que está afundando. Sua torre está com uma inclinação acentuada, o que leva os locais a chamá-la de Torre de Pisa; o Palácio de Belas Artes, entre outros.
Tlateloco - Aqui estão as ruínas de culturas dos povos mais antigos do México, cujas pedras foram usadas na construção da catedral de Santiago de Tlateloco. É um lugar meio sinistro, pois se os povos pré-hispânicos faziam ali sacrifícios humanos, os modernos não ficaram atrás. Em 1968, 300 estudantes desapareceram ali, sendo 200 declarados mortos, durante protestos estudantis.
Chapultepec - Outro passeio imperdível é ao bosque Chapultepec, imenso enclave verde na esturricada cidade mexicana e onde tem o Castillo, palácio onde viveu o imperador austríaco Maximiliano durante a invasão francesa.
Aí também é imperdível uma visita ao Museu de Antropologia, que é um dos mais bem montados que já vi. É preciso muito tempo para visitá-lo. Os museólogos responsáveis montaram salas com reprodução em tamanho natural de todas as culturas mexicanas de norte a sul. É fantástico!
Coyoacán - Dá para fazer no mesmo dia uma visita ao Museu de Frida Kallo, só que é do outro lado da cidade, em Coyoacán. Lá está a casa onde ela viveu com Diogo Rivera, cheiinha de objetos, quadros, cartas, lembranças pessoais. E tem a parte velha do bairro, que é colonial, inteiramente preservada e uma igreja riquíssima, a de San Juan Bautista, simplérrima por fora, mas fabulosa por dentro.
Teotihuacan - Esta é a visita mais fantástica. O complexo lembra alguma coisa extraterrestre, com a imensa Pirâmide do Sol, com seus 65 metros e mais de 320 degraus; e a Pirâmide da Lua, um pouco mais baixa, com 45 metros, mas igualmente linda, de frente para a Alameda dos Mortos, uma avenida com 3 quilômetros de extensão. A cidade não foi construída pelos astecas, mas pelos teotihuacanos, nome que os arqueólogos deram aos construtores, por não saberam suas origens. Os astecas conquistaram a cidade e a transformaram em lugar de cerimônias.
Cuernavaca - Já saindo do Distrito Federal, no estado de Morelos, está Cuernavaca, chamada de cidade da eterna primavera. Dizem que é o melhor clima do país. É uma cidade colonial muito bonita e tem uma catedral antiquíssima, de 1511, dos franciscanos. É uma igreja-fortaleza, com passadiços e torrinhas medievais. A viagem até a cidade é fantástica, subindo-se a Sierra Madre até 3.100 metros, avistando-se o vulcão Popotepec ao fundo, e depois descendo até o Vale do Morelos onde fica a cidade, a 1.100 metros em relação ao nível do mar.
Taxco - Apesar de ser uma visita muito comercial, já que a cidade é a capital da prata, com centenas de oficinas e lojas de jóias e adornos, passear por suas ruas é uma delícia. Já no estado de Guerrero, ela é toda encarapitada em morros com casas tipicamente mexicanas, de dois, três andares, morro acima, com vazos de flores nas varandas. À noite dá para ficar na varanda do hotel e contemplar a cidade do alto, presépio iluminado no século XXI. Há igrejas para visita naturalmente, como a de Santa Prisca, gigantesca, riquíssima, dedicada a uma santa que não é santa, pelo menos oficialmente. Um espanhol que ficou rico na cidade, mandou construir para presentear o filho que se tornara padre.
Mérida - Já na Península do Yucatán, é onde estão os domínios maias, o outro povo mais importante do México. Os maias não são originários do México, mas da Guatemala e se expandiram para Hunduras, El Salvador, chegando ao sul do México. Foram contemporâneos dos astecas e mantiveram intercâmbio com eles, a julgar pelos deuses comuns, como Chaac, o deus da chuva e Kukulcán, a serpente emplumada. Os dois estão em todas as ruínas pelo México afora.
Mérida é uma cidade colonial, de forte influência francesa, presente nas construções em estilo francês e que abriga em suas redondezas importantes ruínas, como Uxmal, Xcambó. Dá para ir a Uxmal e Kabah e depois almoçar em uma hacienda transformada em restaurante.
Chichen-Itzá - Entre Mérida e Cancún está Chichen, a maior cidade maia, imenso complexo com castelo, poço de sacrifícios, campo de jogo de pelota, praça de cerimônias, observatório. É fantástico todo o complexo, sua perfeição, sua relação com a astronomia. Não se pode esquecer que foram os maias que inventaram o calendário que até hoje usamos. Suas construções não ficam nada a dever às dos gregos antigos.
Acapulco - No estado de Guerrero, depois de Taxco, Acapulco é um bom refresco nas visitas a ruínas. É puro descanso, relax, com suas praias lindas, e os hotéis superconfortáveis, como o Elcano. É ótimo chegar à varanda e ver o Pacífico quebrando lá embaixo, nada pacífico, diga-se de passagem e com uma água bem fria. Aqui é só mordomia, depois de ver o tradicional show dos clavadistas, aqueles rapazes sarados que despencam dos penhascos no mar, sob os aplausos e assobios da turistada.
Cancún - Aqui você chegou no paraíso. Primeiro porque fica nos hotéis, como o Oasis Viva Beach, na melhor praia, a Chacmool, comendo e bebendo à vontade. E com aquele mar de cor impossível: verde clarinho, azul claro e azul turqueza, neste degradê orla adentro. E uma areia fina e branca, parecendo artificial.
É sol o tempo todo, daí basta descer do apartamento e sentar por ali, na praia ou numa das três enormes piscinas, bebendo margaritas, daiquiris, tequila sunrise, cerveja, o dia inteiro. Mas as bebidas são fraquinhas, fraquinhas, quase suco de fruta. E à noite tem as baladas na orla, que bombam, lotadas de brasileiros. Ou então, os shows de dança no próprio hotel, tudo para deixar o turista achando que ao invés do paraíso, ele realmente está é no céu.

x.x.x.x.

O Márcio Metzker é desses jornalistas que transformam a coisa mais banal em um texto delicioso. Já publiquei um artigo dele aqui, no ano passado. E agora reproduzo o Diário de Viagens que ele fez de suas andanças pela Europa. É imperdível.

Diário de Amsterdã
A mais divertida banda de rock do mundo
@ Márcio Metzker
Amsterdam me desapontou bastante, porque é uma cidade velha e mal-conservada, cheia de carros caindo aos pedaços e canais de água esverdeada onde flutua o lixo dos turistas. Mas tenho que admitir que a água não cheira mal. No entanto, o trânsito é uma loucura: carros, ônibus, tróleibus, vans e trens urbanos disputando as ruas com as bicicletas e comprimindo os pedestres.
Nunca vi tanta bicicleta na vida. Diante da Centraal Station, onde ancorou o ferry-boat gratuito que sai de perto do hotel, havia um estacionamento em três níveis coalhado com milhares de bicicletas, a grande maioria bicicletas velhas parecendo a inglesa que meu pai tinha, inclusive com aquele gerador de eletricidade que parece uma garrafinha de metal cromado que carrega com a fricção no pneu dianteiro, para alimentar um farolzinho. E todo mundo anda de bicicleta como quer: mulheres de saia e salto alto, homens com casaco de frio e sunga, estudantes em velocidade de Tour de France. Vi um jovem executivo de terno, pedalando placidamente uma patinete. Tem semáforo só para bicicleta, e as motos e vespas invadem as pistas só de bike.
Só nos canais os barcos de turismo e de transporte navegam mais tranqüilos. A cidade é cheia de pontes novas e velhas, e outras que se abrem para a passagem dos barcos. Andamos pelo Centrum, a cidade velha onde há prédios tortos como a torre de Pisa, fora do prumo e prestes a cair. Fizemos umas comprinhas de pashmir e camisetas, ficamos escandalizados com umas estantes de hambúrguer com frente de vidro onde você põe uma moeda, abre, pega o sanduba e sai comendo pela rua, e com chapéus alaranjados de plumas absolutamente para drag-queens, e também com as sex-shops escancaradas, mostrando coisas nas vitrines que as crianças holandesas não deveriam ver.
Fiquei maravilhado no Mercado das Flores, com tantas variedades de plantas que dão a partir de bulbos. Pensei em trazer um pacote de bulbos de tulipas de todas as cores, mas sei que seriam uma decepção nos canteiros da minha chácara. O mais engraçado é que eles vendem kits para plantar maconha, com as sementes em lata, o adubo e um manual de cultivo.
No hotel nos deram um guia turístico cheio de classificados de putas, mas havia um tipo de local mais numeroso que os de sacanagem: museus. Amsterdam deve ter mais de 20 museus. Desistimos de pôr em risco nossas orelhas no Museu Van Gogh, mas decidimos ir ver os magníficos quadros de Rembrandt na Rembrandthuis, a casa dele. Custamos tanto a achar que paramos antes para almoçar costeletas e um bife num restaurante argentino, regados a um bom vinho tinto espanhol.
Aí descobrimos que os museus de Amsterdam rivalizam com as casas de sacanagem. Pagamos 16 euros para entrar, mais um para guardar a mochila, e percorremos três andares da casa vendo somente quadros dos discípulos do pintor, alguns deles tão simplórios quanto os que minha mãe pintava. De Rembrandt mesmo vimos apenas alguns esboços. As obras dele que ainda estão na Holanda ficam no Rijsmuseum. Isso sim, foi uma grande sacanagem.
Cansadérrimos, pegamos um barco turístico que percorreu durante uma hora os canais da cidade, com uma gravação em quatro línguas contando as fofocas de antigamente. Nada interessante. Quando passamos pela Centraal Station, ficamos loucos para pedir ao capitão que nos deixasse lá para pegarmos nosso ferry-boat, mas tivemos que concluir a xaropada. Foi até bom, porque passamos a pé por uma quadra gay onde os bares ostentam bandeiras rainbow e os casais homo mais estranhos ficam arrulhando nas calçadas.
O mais divertido foi chegar a uma praça onde havia centenas de mesas ocupadas por jovens que tomavam cerveja e aproveitavam o solzinho da tarde, e uma fantástica banda em atitude de rock tocava alguns instrumentos os mais bizarros. O crooner com um violãozinho acústico. Ao seu lado um vocalista com um banjo. Atrás um um tarol, um bumbo, um trumpete, um acordeon e uma tuba. Imaginem essa composição circense tentando fazer som de rock. O visual deles era fantástico: todos de peruca, alguns maquilados, todos com casacos de Sargeant Pepper’s e calças colantes com recheio na dianteira, para parecer que tinha grande volume. As crianças paravam na frente, fascinadas. Ficamos por ali, tomando uma cerveja, batendo fotos, aplaudindo e cantando juntos quando a música era em inglês.


Diário de Viagem III
Carnaval em Zurick, uma piada
Na manhã de segunda-feira, dia 20, fomos visitar o Philippe Metzker, de 83 anos, e sua esposa Emma Golay, pedindo mil desculpas pelo bolo da véspera. A coisa já começou a engastalhar ao procurarmos estacionamento perto do prédio dele. Descobrimos que a pintura azul no chão marca vagas para os moradores, cujos carros têm crachás. As amarelas são para carros credenciados de autoridades ou aleijados. As brancas são controladas por parquímetros, mas não aqueles dos Estados Unidos, que parecem um taxímetro dos antigos onde você coloca moedas. Nos de Lausanne, você coloca as moedas e digita o número da vaga onde está. A máquina emite um cupom que você coloca no painel do carro, com o horário máximo para você sair. O problema é que a máquina só aceita francos suíços, e aí um velhinho que passava nos ajudou, trocando umas moedas de euro. Foi um raríssimo gesto de solidariedade, até porque nas ruas não se encontra ninguém.
O casal Metzker foi simpaticíssimo conosco. Ele é genealogista da família na Europa, e eu herdei essa tarefa de minha mãe. Presenteei-o com uma edição limitadíssima do livro contando a estória dos Metzker no Brasil e outra cópia para ele registrar no Cercle Généalogique Vaudois. Dei também um pacote de café Três Corações, uma garrafa de cachaça e um CD da Dona Jandira. Conversamos em francês, mas enfiamos frases em inglês quando faltava vocabulário. Fran mal abriu a boca, mas Emma foi gentilíssima, elogiando seu cabelo e levando-a para ver as fotos de família.
Saímos de Lausanne rumo a Fribourg, de onde partiram os emigrantes para o Brasil em 1818. Almoçamos num restaurante que só aceitava francos suíços, e aí tive que sair para procurar um banco, deixando a Fran como refém. Rolé na cidade, procuramos um canivete suíço para eu presentear meu neto Luís Eduardo. Aí esticamos até Zurick, já bem no norte da Suíça, onde só se fala alemão. Trânsito caótico, uma bagunça dos infernos, mas era porque tinham fechado o trânsito na área central para um desfile que me pareceu de Carnaval. Várias bandas desfilavam, com cavaleiros, carruagens medievais, donzelas louras com braçadas de flores, e todo mundo jogando comida para a galera. Às 6 da tarde, estouravam a cabeça de um boneco de neve, e creio que isso quer dizer que o inverno enfim se foi. As bandas e cavaleiros voltam pelo mesmo caminho, e todo mundo enche a cara de cerveja nos botecos.
A desgraça é que o hotel que a Acta nos reservou, o Goldenes, é bem no meio dessa muvuca. Além de não ter estacionamento, está numa área proibida para o trânsito. E para piorar, a Polizei estava desviando o trânsito para longe, por causa da festa. Tivemos que parar o carro sobre uma calçada a um quilômetro, e depois procurar o hotel a pé. O gerente Marco, um gayzão cheio de macacoas, informou que há um estacionamento pago, mas é bem longe. Custava 28 francos para o pernoite. Eu disse a ele que estávamos com 60 kg de bagagem, ele sugeriu que deixássemos no carro, e o carro na rua, porque havia muita polícia vigiando. “Today is a satanic day”, suspirou, desmunhecando e chacoalhando a pulseira.
Fran e eu fomos até o carro, tiramos algumas coisas mais urgentes das malas, o laptop e a bolsa de equipamento fotográfico, e colocamos o carro num estacionamento de rua a mais de um quilômetro de distância. Voltamos para o hotel e enfrentamos um engarrafamento enorme de pessoas na frente do hotel, para ver uma bandinha ruim de amargar, mas muito aplaudida. Conseguimos entrar e constatamos que o hotel – ó céus! – é gayzíssimo. Tudo é G. Tem fotos de hômi pelado na recepção, tem quadros sugestivos no quarto, e é cheio de delicadezas, como tampão de ouvido, estojinho de costura, roupão de banho e café da manhã até as 3 da tarde. É mole ou quer mais?
Inquieto porque o carro estava na rua com todas as malas, fui lá colocar moedas para não ter que acordar muito cedo. Fui pelos gasse, ou seja, os becos, e acabei me perdendo com os saltos soando nas pedras num clima assim de Das Kabinett der Doktor Caligari, mas resolvi enfiá-lo num estacionamento pago, onde, é claro, não havia ninguém. Peguei um ticket, estacionei diante de uma câmera de vigilância e fui embora, não sem antes comprar salsichão, uma espécie de esfirra, cerveja e salada de frutas na rua, para comermos antes de dormir. As bandinhas furiosas continuam atroando os becos com seu sonzão fuleiro, até o Metzgergasse, o beco dos Metzger.
398 degraus para chegar ao Céu
Planejamos sair cedo de Zurick, mas sempre saímos às 11 horas. Quase caí de costas quando vi o preço do estacionamento: 35 francos suíços, mais de 70 reais! Puta-que-pariu! Ligamos a Gislaine e saímos depressinha dessa cidade. Nossa intenção era ir almoçar em Vaduz, em Liechtenstein, mas desistimos porque já estava ficando tarde. Passamos por Liechtenstein, mas quando encontramos um lugar para estacionar, o país já tinha acabado. Entramos na Alemanha passando batido pela fronteira e logo percebemos uma coisa incrível: na Suíça não tem poeira. A Suíça tem Berna, mas as vacas não têm berne. Mas a Alemanha também é bonita, com pastos abertos e zeppelins sobrevoando as autobahns. Chegamos a Ulm, onde nosso hotel ficava fora da cidade, num entroncamento rodoviário de Ulm-Ost. É um hotel-cassino, onde almoçamos antes de fazer o check-in, e tive que pagar 50 centavos para fazer um xixi. Como todos os dias tomamos um vinho tinto, também pedimos um da casa, mas o teor alcoólico era altíssimo. Saímos trocando as pernas, e achando que não daria para subir as escadarias da igreja de Ulm.
Deixamos as malas, vestimos tênis e roupas leves, pegamos os terços e fomos para Ulm, onde não demoramos a ver a maciça estrutura negra do mosteiro. É uma igrejaça com uma torre de 167 metros de altura, e ocupa uns 80 mil metros quadrados, fora o adro. É de pedra cinzenta, recoberta de um limo verde-escuro, e por dentro é gelada com um ventinho que ninguém sabe de onde vem. Até a construção do Empire State, há uns 80 anos, era o prédio mais alto do mundo. Mais alto até que a pirâmide de Quéops. Pois é. Quando a Bruna nasceu, fiz a promessa de rezar um terço lá, para que viesse com saúde perfeita. Também renovei essa promessa quando minha mãe estava mal no CTI, ano passado. A única coisa que não sabia é que a Catedral de Ulm era luterana, então pegava meio mal rezar ave-marias e salve-rainhas lá dentro.
Mas Fran e eu confiamos que Deus e a Virgem não iam ligar para esses detalhes, e logo empreendemos a subida de 398 degraus até o patamar dos 70 metros da torre. Quem tem perna vai até o 780º degrau, a 153 metros de altura, mas é uma escada estreita, em caracol, e de mão dupla. Falta pouco para a gente rolar em cima dos que estão abaixo. Depois rezamos o terço em voz alta dentro da igreja cheia de turistas de bermudas que fotografavam tudo e de coreanos que sequer tiravam o boné da cabeça em sinal de respeito à casa de Deus. De pernas bambas pela escalada, sentamos num Subway para comer um sanduíche e recuperar as energias.
Delícia de calçadão em Heidelberg
Cumprida a missão em Ulm, dormimos cedo esbodegados e acordamos cedo também. Antes de rumar para Heidelberg, enfiamos numa encantadora estradinha estreita de asfalto e chegamos a uma aldeia rural típica da Alemanha, onde fizemos umas fotos. Chegamos sem incidentes a Heidelberg, e o hotel Ibis fica bem na entrada da cidade, próximo a uma estação do Hauptbahnhof, que deve ser metrô ou trem, não estou bem certo. Achamos vaga na porta e lá mesmo deixamos o carro. Almoçamos num restaurante mexicano, o Zapata, onde a oberfraulein era tão simpática que até deixei gorjeta.
De lá partimos a pé para o centro histórico, que chamam de Altstadt. A única coisa que incomoda é a quantidade de bicicletas em alta velocidade nas calçadas, que a autoridade marcou como pistas para elas. Os pedestres ficam constrangidos nos demais espaços.
O Altstadt é muito legal, ruas transformadas em calçadões, cheias de lojinhas, livrarias, cafés, artistas cantando na rua, praças, igrejas, correria de estudantes, e por cima de tudo um castelo em ruínas que está sendo recuperado. Encontramos brasileiros duas vezes. Num grupo, ouvi um homem ralhando com a esposa que estava com o tênis desamarrado: “Dá logo um nó cego nesse sapato”. Eu disse: “Se não der nó cego, vai desamarrar”. Eles se viraram para nós e começaram a rir. Os outros foram um casal de Mato Grosso que nos pediram para tirar fotos deles com o castelo ao longo.
Procurei em três livrarias o tal livro de confecção de puppets que a Larissa me pediu, mas o máximo que consegui foi um que ensina a mover as múmias, e um do Aleijadinho. Tive que contar que a doença do escultor não era lepra, mas porfiríase. Caminhamos no mínimo 8 km nesse dia. Fizemos uma parada numa grande loja de departamentos, chamada galeria, que fica bem na Bismarckplatz, onde acabamos comprando relógios e chocolates.
À noite, Fran não conseguia se mexer de puro cansaço, e eu acabei saindo para comprar sanduíches e cerveja para nós comermos no apartamento. Aprendi a agradecer dizendo “Herzlich Danke”, que é assim como “agradeço de todo coração”, e ganhando a simpatia de todos nos hotéis e lanchonetes. Aprendi também que a gente não deve cumprimentar em alemão, porque senão todos desgraçam a nos atender nessa língua, e depois têm que repetir tudo em inglês. Acabei fazendo amizade com três alemães que estavam enchendo a cara de cerveja no bar do hotel. Faziam 12 graus, eu encolhido no casaco, e eles em mangas de camisa, achando a primavera agradabilíssima. Zapeamos a TV toda até achar um canal em italiano com um filme da Reese Witherspoon. Engraçadíssimo ouvi-la dublada.

Diário de Viagem II
O périplo europeu já está chegando à metade. Passamos dois dias em Lisboa comendo do bom e bebendo do melhor, na ótima companhia do Alfredo, que é português, e da Cristina, que é paraibana. Ficamos hospedados na casa da Manuela, do Pedro e da Ruth, irmã, cunhado e sobrinha do Alfredo, em Almada, ao Sul da ponte sobre o Rio Tejo. Compramos um aparelho GPS Garmin no Shopping Columbo, e começamos a experimentá-lo em Lisboa mesmo. Fala lusitano com voz de mulher, e logo o batizamos de Gislaine. O Alfredo, que já mora há tantos anos no Brasil, estava desatualizado com as estradas e os viadutos, e de vez em quando ralhava com a Gislaine: “Esta gaja está enganada, ô pá!”
Depois voamos para Roma, onde ficamos sozinhos num hotel entre a Via Appia Nuova e a Tuscolana, afastado do centro histórico, mas perto de uma estação do metrô, a Furyo Camilo. Do aeroporto de Fiumicino para Roma, pegamos um trem que custou 11 euros para cada um. E na estação Termini, morremos em 45 euros de táxi para chegar ao hotel. Teria valido a pena pagar 70 euros do táxi de Fiumicino ao hotel.
Aprendemos logo a cruzar Roma para lá e para cá de metrô e num ônibus aberto de dois andares que faz o circuito histórico. Tem uma porcaria de pôr no ouvido, mas funciona mal e fala dez línguas, menos português. Assim, fotografamos coisas que não sabemos o que é, mas são ruínas ou igrejas ou palácios ou monumentos que vêm desde o século I até o século 20. Fugimos de tudo o que tinha que pagar ingresso ou andar em rebanho atrás de um cicerone, até mesmo do Coliseu. Não conseguimos evitar, porém, comprar quinquilharias e souvenires dos indianos que são os camelôs de Roma, nem ir pagar mico na frente do Vaticano.
A melhor comida, e também a mais cara, foi na Piazza Navona, no Ristorante Don Cischiotte, em frente à Embaixada do Brasil. O garçom, Fabrizio, era simpático e falava um pouco de português. Ofereceu “caipirina, chopío, chopao, feijoada” com sotaque. Cada vez que falávamos “grazie”, ele respondia “prego, parafuso”. Deixei 5 euros de gorjeta.
Dirigindo nas auto-estradas italianas
Depois de três dias com as pernas doces de tanto caminhar, saímos puxando 60 quilos de malas rua afora, metrô afora, Stazione Termini afora e Fiumicino afora, para pegar o carro que alugamos. Foi um Ford Focus prata a diesel, com apenas 3 mil km rodados. Ligamos o GPS comprado em Portugal e picamos a mula para Firenze. A auto-estrada era uma delícia, mas quebramos a cara quando entramos num paese chamado Chinchiano em busca de uma grande cucina italiana e comemos um macarrãozinho sem-vergonha esquentado em microondas. Depois, ó desilusão, enfrentamos um puta engarrafamento na auto-estrada e fomos chegar a Florença às 17 horas, sem muito tempo para conhecer a cidade, antes de ir dormir em Pisa.
Adorei Pisa. Estava um dia bonito, sem frio de usar casacão, o hotel era o Gran Duca, afastado, grandão, meio velhusco, mas amplo e confortável. A parte onde está a famosa torre bêbada é cercada por uma muralha, mas com os portais abertos, e não se paga entrada. Gramadão, poucos turistas estrangeiros, gente amável até para vender quinquilharias.
De lá partimos para Gênova, e fiquei besta com a travessia dos Apeninos. Passamos por uns 50 túneis que desembocavam em 50 viadutos vertiginosos. Pagamos uma nota de pedágio. Acho que naquele trecho foram 17 euros. Pedágio lá é assim: você entra numa auto-estrada e pega um ticket na máquina. Quando vai sair, tem as cabines de pedágio onde paga pela quilometragem que andou. Às vezes quem cobra é um humano, outras é na máquina. Um saco ficar procurando o buraco certo para enfiar notas ou moedas.
Gênova é uma città brutta, feiosa, um porto cinzento no mar Tirreno, cujo único mérito é ter expulsado Cristóvão Colombo para a Espanha, de onde ele partiu para descobrir a América. Fugimos de lá rapidinho por mais 25 túneis e viadutos até um planalto ameno, passando por Alessandria, até chegar em Ivrea, próximo de Torino, e pegar a sinuosa estradinha que leva a Colleretto-Castelnuovo, cidade da Franca. A Gislaine foi fantástica. Nos levou direitinho por dentro de aldeias e paeses até a porta da casa da Franca, ao pé dos montes nevados dos Pré-Alpes.
Hospitalidade e país real no Norte da Itália
Reconheci de imediato a Signora Gina, a mãe dela, que não via há 32 anos, mas conserva o mesmo cabelo vermelho aos 72 anos. Logo desceu a Franca de avental e foi um festival de abraços e sorrisos. Signora Gina ficou espantada com a minha fluência em italiano. Eu disse que tinha aprendido em quatro dias mais do que em meses de convívio com elas no Brasil. Ela decidiu nos hospedar numa casa que possuem a quatro quilômetros, na aldeia de Chiesanuova. A filha Samanta nos precedeu guiando seu lindo carrinho Lancia Musa de uma cor metálica entre rosa e lilás.
A casa estava um brinco, limpa, cheirosa e enfeitada até com flores e abastecida de água, café e comida. Para voltar para o jantar, precisamos de novo do GPS. Franca cozinha benissimo, e cada dia comemos primos e secondos piatos diferentes, sempre à cena. O melhor dia foi uma travessa de melanzana (berinjela), abobrinha e batatas assadas com queijo. Também tomamos grandes vinhos locais, do forte Barbera de Canavese aos Chianti e aos Montepulcianos.
Infelizmente, em Torino tomamos altos porres de museus e palácios em visitas controladas de ingressos pagos e cicerones comboiando a manada de turistas. Franca comprou para cada um de nós, por 18 euros, passes válidos por três dias, e no primeiro visitamos o Palazzo Madama e o Reale, cheios de quadros, esculturas, tapetes e mobiliário barroco. Aprendemos mal e porcamente que um tal de Vittorio Emanuele foi o rei que unificou a Itália e que Torino foi capital durante cinco anos. A melhor coisa neste primeiro dia foi um passeio sob os Porticce, quilômetros de galerias cobertas onde compramos coisas, tomamos cappucinos e nos abrigamos da chuva. Neste dia, valeu a pena a Exposição Mundial de Cinema, uma instalação muito doida onde vimos raridades de Hollywood e da Cinecittà. Fica debaixo da famosa Mole Antonelliana, uma torre de 113 metros de altura, onde se sobe de elevador e se vê até a fábrica da Fiat. Chato foi que, na volta, um ladrão quebrou o vidro do carro para tentar roubar um GPS que não estava mais no porta-luvas.
Brincando e pulando na neve
No segundo dia, ó maravilha, o tempo estava firme, apesar dos 6 graus que o termômetro marcou à noite. Franca nos levou em seu Doblò a Locana, depois ao Noasca, o pico de 4.060 metros do parque Gran Paradiso, onde havia nevado 20 centímetros e baixado de zero durante a noite. Fran ficou extasiada e eu boquiaberto. Paramos para caminhar na neve imaculada e até afundamos nela. Caminhamos algumas centenas de metros e logo tivemos que voltar, porque as pernas não agüentavam mais. Comi neve para matar a sede e Fran encharcou o tênis, porque não levou botas. Almoçamos polenta e massa com raggu de cervo, além de uma salsiccia macia. Tomamos uma garrafa inteira de vinho local. Na volta, ela passou em Cuorgne para nos mostrar o local onde estão vendendo uma casa com terreno de 30 mil metros e vista magnífica por 400 mil euros. Só que ela teria que gastar mais 400 mil euros para colocar a casa em condições de ampliar seu asilo de anziani.
No sábado, tome mais museu. Fomos ver o Reggio de Venaria, uma espécie de Versailles da Itália, com enormes jardins simétricos que ainda não estão floridos, porque o inverno deste ano foi muito rigoroso. A visita ao Palácio foi um saco, mas pelo menos não tinha cicerone. Vimos também a exposição egípcia, com coisas que os europeus tiraram do delta do Nilo em escavações submarinas a partir de 1991. Nenhuma estátua sobrou com o nariz inteiro. Fran e eu, exaustos, fomos sentar no jardim lá fora enquanto mãe e filha concluíam a visita ao Reggio de Venaria. Jantamos rapidinho e fomos dormir para enfrentar a viagem até Lausanne. Adeus, Itália.
Sem GPS na estrada para Lausanne
Manhã chuvosa de domingo, fechamos a casa, tiramos o lixo e pegamos a estrada. A primeira surpresa foi que a Gislaine enlouqueceu. O tempo chuvoso, com nuvens pesadas, a impedia de acessar os satélites, e ela começou a dar leituras simuladas de lugares por onde havíamos passado há dias. No entanto, como eu tinha o mapa e a sequência de cidades gravada na cabeça, toquei o Focus. Subimos os Alpes até o trafforo del Monte Bianco, que os franceses chamam de tunnel du Mont Blanc. É um túnel de 12 km que liga a Itália à França. Para atravessá-lo pagamos um pedágio de 33 euros. Antes passamos por vários filhotinhos com 2 a 3 km.
Do lado francês, um deslumbramento com o vale do Rhône, a vista oeste do Mont Blanc. A primavera chegou lá primeiro que na Itália, e as florestas de pinheiros estão reverdecendo com vários tons do verde escuro ao branco. Só que, sem GPS, fomos parar na estrada que leva a Lyon e Paris. Botei a bússola e percebi o erro. Arranjamos uma simpática vila para fazer um xixi e um retorno e logo estávamos no trecho que leva a Martigny, na Suíça.
É meio brusco sair das auto-estradas de três pistas em cada sentido e cair numa estradinha tortuosa de mão dupla. Um perigo de pular no abismo a cada curva ou bater de frente com os BMW e Lamborghini que vêm rachando no sentido contrário. Descemos a montanha para Martigny e o GPS voltou a funcionar. Pegamos um estradão sem pedágio até Lausanne, mas chegamos com mais de duas horas de atraso para o almoço que havíamos marcado com a família do Philippe Metzker. Ele inclusive já tinha ligado para o nosso hotel. Chegamos a ir ao Olympic Museum Restaurant, mas não conseguimos estacionar. Demos uma volta na cidade, maravilhados com os canteiros de tulipas, amor-perfeito e outras flores de cores vivas. Conseguimos parar perto do Jardim Botânico, que estava fechado, como tudo, no domingo.
Assustados com os preços dos restaurantes, comemos uma pizza que custava 25, só que descobrimos que não eram euros, mas francos suíços, que valem pouco mais da metade do euro. Até no telefone público o preço vem em CHF. À noite consegui falar com Monsieur Metzker para marcar um encontro na manhã de segunda. Consegui depois de zapear muito, um canal de esportes em alemão que me deu notícia do GP da China. Vettel vitorioso na chuva, com Rubinho em 4º e Massa abandonando na 36ª volta.
Carnaval em Zurick, uma piada
Na manhã de segunda-feira, dia 20, mos visitar o Philippe Metzker, de 83 anos, e sua esposa Emma Golay, pedindo mil desculpas pelo bolo de ontem. A coisa já começou a engastalhar ao procurarmos estacionamento perto do prédio dele. Descobrimos que a pintura azul no chão marca vagas para os moradores, cujos carros têm crachás. As amarelas são para carros credenciados de autoridades ou aleijados. As brancas são controladas por parquímetros, mas não aqueles dos Estados Unidos, que parecem um taxímetro daqueles antigos e você coloca moedas. Nos de Lausanne, você coloca as moedas e digita o número da vaga onde está. A máquina emite um cupom que você coloca no painel do carro, com o horário máximo para você sair. O problema é que a máquina só aceita francos suíços, e aí um velhinho que passava nos ajudou, trocando umas moedas de euro.
O casal Metzker foi simpaticíssimo conosco. Ele é genealogista da família Metzker na Europa, e eu herdei essa tarefa de minha mãe. Presenteei-o com uma edição limitadíssima do livro contando a estória dos Metzker no Brasil e outra cópia para ele registrar no Cercle Généalogique Vaudois. Dei também um pacote de café Três Corações, uma garrafa de cachaça e um CD da Dona Jandira. Conversamos em francês, mas enfiamos frases em inglês quando faltava vocabulário. Fran mal abriu a boca, mas Emma foi gentilíssima, elogiando seu cabelo e levando-a para ver as fotos de família.
Saímos de Lausanne rumo a Fribourg, de onde partiram os emigrantes para o Brasil em 1818. Almoçamos num restaurante que só aceitava francos suíços, e aí tive que sair para procurar um banco, deixando a Fran como refém. Rolé na cidade, procuramos um canivete suíço para eu presentear meu neto Luís Eduardo. Aí esticamos até Zurick, já bem no norte da Suíça, onde só se fala alemão. Trânsito caótico, uma bagunça dos infernos, mas era porque tinham fechado o trânsito na área central para um desfile que me pareceu de Carnaval. Várias bandas desfilavam, com cavaleiros, carruagens medievais, donzelas louras com braçadas de flores, e todo mundo jogando comida para a galera. Às 6 da tarde, estouravam a cabeça de um boneco de neve, e creio que isso quer dizer que o inverno enfim se foi. As bandas e cavaleiros voltam pelo mesmo caminho, e todo mundo enche a cara de cerveja nos botecos.
A desgraça é que o hotel que a Acta nos reservou, o Goldenes, é bem no meio dessa muvuca. Além de não ter estacionamento, está numa área proibida para o trânsito. E para piorar, a Polícia estava desviando o trânsito para bem longe, por causa da festa. Tivemos que parar o carro sobre uma calçada a um quilômetro, e depois procurar o hotel a pé. O gerente Marco, um gayzão cheio de macacoas, informou que há um estacionamento pago, mas é bem longe. Custa 28 francos para o pernoite. Eu disse a ele que estávamos com 60 kg de bagagem, ele sugeriu que deixássemos no carro, e o carro na rua, porque hoje há muita polícia vigiando.
Fran e eu fomos até o carro, tiramos algumas coisas mais urgentes das malas, o laptop e a bolsa de equipamento fotográfico, e colocamos o carro num estacionamento de rua a mais de um quilômetro de distância. Voltamos para o hotel e enfrentamos um engarrafamento enorme de pessoas na frente do hotel, para ver uma bandinha ruim de amargar, mas muito aplaudida. Conseguimos entrar e constatamos que o hotel – ó céus! – é gayzíssimo. Tudo é G. Tem fotos de hômi pelado na recepção, tem quadros sugestivos no quarto, e é cheio de delicadezas, como tampão de ouvido, estojinho de costura, roupão de banho e café da manhã até as 3 da tarde. É mole ou quer mais?
Aff Maria. Amanhã vamos para Liechtenstein para almoçar e depois para Ulm, na Alemanha.

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Passeios em Alagoas
Apesar da orla de Maceió ser belíssima, com um calçadão arrumado de dar gosto, os guias não aconselham o banho de mar nas praias urbanas, entre elas Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca, quando não houver o que eles chamam de "balneabilidade", tucanagem para "imprópria para banhos".Mas é só ficar de olho, porque eu não achei nenhuma poluição. O mar é claríssimo, a areia varrida toda manhã, além da distribuição de sacolas de lixo para os banhistas.As coisas na praia, como cerveja, petiscos e cadeiras são bem mais baratas que em quasse todas as praias do Brasil.Se der "balneabilidade" fique por ali em Ponta Verde ou Pajuçara mesmo. Há boas barracas de praia, inclusive para almoço e jantar.
Fora de Maceió - Francês - No litoral sul, a mais próxima e uma das mais procuradas é a Praia do Francês. Há uma infra-estrutura completa e é uma praia muito bela.
Marapé - Na mesma direção, há um passeio imperdível, o de Dunas de Marapé, que as agências levam e que fica dentro de uma reserva ecológica. Há o encontro do rio Jequiá com o mar, formando lagunas, onde é possível o banho tanto nas águas claras da lagoa, como no mar.Há uma complexo de lazer com restaurante, loja de artesanato, banheiros e uma área ajardinada belíssima.
Gunga - Também no litoral sul, a praia do Gunga é fantástica. São dezenas de quilômetros de coqueiros cultivados e de areias claras. Fica dentro da fazenda do mesmo nome, no município de Roteiro. Vai-se de carro ou ônibus até Barra de São Miguel e daí atravessa-se de barco, travessia de pouco mais de 20 minutos. Há também infra-estrutura boa, com barracas que servem petiscos, banheiros e chuveiros de água doce.Todas estas ficam a menos de 80 quilômetros de Maceió e dá para ir e voltar no mesmo dia. No Francês há pousadas e no Gunga também há hotéis em Barra de São Miguel.
Maragogi - Já no litoral norte, em direção a Pernambuco, um pouco mais longe, cerca de 130 quilômetros, fica Maragogi, um dos lugares mais bonitos do Nordeste. Na cidade estão as piscinas naturais ou galés, com a 2º maior formação de corais do mundo. É um espetáculo ir até as piscinas, a seis quilômetros da costa, em um barco, ficar por lá mergulhando com cilindro e professor individual ou simplesmente vendo os peixinhos com máscara e snoker.Depois é só voltar para uma das mais de 10 praias, entre elas a Coroa da Bruna. Em Maragogi o mar tem uma tonalidade que vai do azul ao verde, verde azulado e azul profundo. As agências levam para uma praia chamada Pontal do Maragogi que não é a melhor, porque tem um rio ao lado, o que deixa a água com coloração de marrom, mas limpíssima.
Foz do São Francisco - Não se pode perder o passeio à Foz do São Francisco, na divisa com Sergipe, ao sul de Alagoas. São cerca de 150 quilômetros até Piaçabuçú, última cidade de Alagoas e onde começa a foz. Mas o encontro do rio com o mar se dá mesmo na cidade sergipana de Brejo Grande, a cerca de 5 quilômetros de Piaçabuçú. Nesta cidade é preciso pegar um barco e começa uma travessia inesquecível pelo Rio São Francisco, cujas águas nesta parte têm uma coloração esverdeada quase inacreditável.O barco faz uma parada nas dunas móveis e é possível o contato com três ecossistemas distintos: o mar, o rio e as dunas, de areias mais escuras. Para quem não for com agências, dá para chegar até Pixaim, onde há uma comunidade quilombola, além de visitar Penedo, que fica a menos de 30 quilômetros de Piaçabuçú e é chamada de " Pequena Ouro Preto", por seu conjunto colonial. Nas dunas dá para comprar as imagens de São Francisco, batizando-as no rio e fazendo dois pedidos. E também as cocadas quebra-queixo.
Comidas - Dá para comer bem e barato em Maceió. Em duas barracas de praia, a Lopana e a Carlitos, há pratos deliciosos, como o camarão a Lopana e o Trem Nordestino, respectivamente, o último um delicioso prato de carne de sol desfiada com purê de mandioca e queijo gratinado.
Compras - Em Maceió tem feira de artesanato para tudo quanto é canto, afinal o estado é famoso pelas rendas, feitas no interior de Pernambuco! Brincadeira, o filé é nativo de Alagoas. Para ver mais caracterizado o melhor é visitar o bairro das rendeiras, o Pontal da Barra, que além das rendas vendidas em portinhas nas próprias casas, ainda tem um passeio pela lagoa de Mundaú.

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Mi Buenos Aires querida
Gleidson Batista
Imagine uma cidade com belos prédios antigos, ruas arborizadas, cafés por todo lado, bons vinhos e uma agitada vida noturna. Não se trata de nenhuma capital européia, mas sim Buenos Aires. Isso mesmo: a capital argentina oferece tudo o que os brasileiros procuram na Europa, com uma diferença - os preços são baratíssimos. Com o real forte e o peso desvalorizado, a cidade se converteu em um concorrido destino turístico e um paraíso de compras para os brasileiros. Graças aos vôos diretos saindo de Confins, a passagem de avião para a Argentina chega a custar mais barato que para muitas praias do Nordeste.
Não faltam motivos para conhecer Buenos Aires. A cidade realmente é muito bonita e nos faz pensar como os argentinos conseguiram construir e preservar sua bela capital. Há palácios, monumentos e áreas verdes por todo lado. Junto às largas avenidas, há inúmeros quarteirões fechados para pedestres. A arquitetura imponente dos prédios antigos - além de um deleite para os olhos - é o resquício de um passado glorioso. Sim, nossos hermanos quase chegaram lá, mas se perderam em meio a disputas intestinas de suas elites políticas. Os tempos de bonança se foram, e cresce o número de pobres e mendigos - mas não é nada que se compare à miséria escancarada nas grandes cidades brasileiras.
Os argentinos são orgulhosos de seu passado grandioso, mas não são arrogantes como se pensa. Pelo contrário, os portenhos são simpáticos e pacientes com os brasileiros arranhando portunhol. Buenos Aires tem atração para todos os gostos.
Compras - Para quem gosta de compras: Calle Florida e Galerias Pacífico.
Restaurantes - Para quem gosta de bons restaurantes: Puerto Madeiro.
Arte e passeios Para quem gosta de arte: Malba e Museu Nacional de Belas Artes. Para quem gosta de tango: Caminito. Dois passeios imperdíveis: o aristocrático bairro da Recoleta, com seus parques e prédios antigos, e a Avenida de Mayo, que liga a Casa Rosada ao Congresso.
Não deixe de experimentar a saborosa e calórica culinária argentina: empanadas, alfajores Havanna, sorvete de dulce de leche Freddo. E, claro, o famoso bife de chorizo (corte de contra-filé ultra-macio), acompanhado por um bom vinho de Mendoza (a uva Malbec é uma especialidade argentina). Uma dica para sair à noite é a Plazoleta Cortázar, em Palermo. Lá tem de tudo: restaurantes, pizzarias, cafés e até botecos que lembram os nossos.
Pequeno guia de sobrevivência em Buenos Aires
Não leve dólares. Leve reais e troque por pesos na agência do Banco de la Nación do Aeroporto Internacional de Ezeiza. Funciona 24 horas e tem a melhor cotação.
Em poucos dias, o tempo pode variar do frio congelante ao calor escaldante. Portanto, leve agasalhos e também roupas leves.
Vá de táxi. É muito mais barato do que você possa imaginar. Mas cuidado: alguns motoristas tentam passar notas falsas para turistas desavisados. Confira o troco para não cair no golpe.
É impressionante o movimento de pessoas nas ruas de Buenos Aires altas horas da madrugada. Mas não se engane: como em qualquer grande cidade do mundo, você corre o risco de ser roubado. Cuidado com carteira, passaporte e câmera fotográfica, para não passar apuros como este que vos escreve.
Em qualquer café ou restaurante, é cobrada uma taxa de serviço, além da gorjeta do garçom. Fique esperto, pois em alguns locais esses "extras" custam quase o preço da refeição.
A taxa de embarque do Aeroporto de Ezeiza é cobrada à parte, depois de fazer o check-in. Custa 18 dólares e não adianta reclamar que não sabia de nada. Você não embarca de volta para o Brasil sem pagar a famigerada taxa.

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Dicas de viagem para o Chile
Flávia Mari

Santiago - Neve e vinho - Santiago é uma cidade muito bonita, rodeada pelos Andes, mas sem muita atração turística. Se você for pra lá, com uns três a quatro dias dá para conhecer praticamente todos os pontos turísticos e que constam de todos os guias. Depois disso, o melhor a fazer é aproveitar as Duas grandes vantagens que o Chile tem em relação ao Brasil: neve e vinhos excelentes e baratos. A neve - Se não conseguir uma vaga para se hospedar em uma estação de esqui, como foi meu caso, vc pode pegar um ônibus de turismo que sai de Santiago e vai para as estações mais perto da capital (Vale Nevado, El Colorado, La Parva e Portillo). Elas são super perto da capital e vc pode ir e voltar no mesmo dia. Chegando lá, se vc não sabe esquiar é possível e fundamental contratar uma aula para iniciantes (2 horas de aula) em que vc vai suar q nem um louco, mesmo com todo o frio, pra fazer o q o professor manda. Mas depois da aula, tem q tomar coragem e encarar uma pista de esqui para iniciantes. Vc vai levar muitos tombos, q não machucam, mas vai descobrir q a cada vez q descer pela pista, vc vai ficando mais seguro e esquiando melhor. Depois q passa o medo inicial, vira cachaça e vc não consegue parar de esquiar mais!!!
Dica - Descobri uma agência especializada q chama ski total e fica numa grande avenida de Santiago, a Apoquindo. É só descer na estação do metro Escuela Militar q vc tá lá. Essa agência tem saídas diárias para as estações de esqui por 14 dólares, muito mais barato do que as empresas de turismo q te pegam no hotel. Os ônibus saem às 8 horas e retornam das estações às 17 horas. Não é necessário fazer reserva, é só chegar lá na hora e comprar a passagem. A empresa também aluga o equipamento de esqui por um preço mais baixo do q nas estações. Ah, não se esqueça de levar muito protetor solar e óculos escuros, pois sem os dois fica difícil agüentar o sol e seu reflexo na neve.
Os vinhos - Fazer uma visita a uma vinícola é um passeio obrigatório em Santiago. Eu estive na vinícola Concha y Toro e adorei! É muito legal conhecer o processo de produção do vinho e o tratamento dispensado às parreiras. Mas o mais legal é fazer as degustações. Na Concha y Toro, Eles serviram 4 vinhos diferentes e ainda contaram a história do Casillero del Diablo, mas q eu não vou contar aqui pra não estragar a surpresa. Outra coisa legal, é comprar vinho nos supermercados. É super barato! Vinhos q a gente compra aqui por 40 reais lá sai por uns 9. Vc pode também comprar vinho em caixinha (tipo aquelas de leite e suco), coisa q nunca vi em lugar nenhum! Um litro de Gato Negro em caixinha sai por 4 reais!!!
Lagos Chilenos - Vulcões e.... neve!!! Também estive no sul do Chile, na região dos lagos. Fiquei em Puerto Varas, q é uma cidade pequenina, mas super legal. Ela fica na beira do lago e de frente para dois vulcões. A paisagem é maravilhosa. Vale a pena fazer um passeio para outra cidade pequenina, chamada Frutillar, de colonização alemã. Ela também fica na beira do lago, mas de lá vc vê, acho q uns 4 vulcões. Mas o passeio mais legal é subir no vulcão Osorno, ainda ativo. Lá em cima é muito legal e bonito e vc pode aproveitar para esquiar, já q existe uma pequena estação de esqui lá no alto. Eu não fui, mas pra quem quiser ir do Chile para a Argentina vale uma dica, já q parece q é muito legal. De Puerto Varas vc pode fazer um cruzeiro de dois dias, q faz a travessia dos lagos andinos e termina em Bariloche. Eu apenas passei pelos lagos do cruzeiro e parece q é uma viagem Maravilhosa!



Foz do São Francisco

Foz do São Francisco
Dunas em Piaçabuçú - AL

Trindade - Paraty - RJ

Trindade - Paraty - RJ

Itacaré - Bahia

Itacaré - Bahia

Taipu de Fora - Bahia

Taipu de Fora - Bahia

PICO DO ITABIRITO

PICO DO ITABIRITO
Olhem o que sobrou do Pico do Itabirito, depois da MBR

Serra do Ouro Branco

Serra do Ouro Branco
Nosso próximo parque estadual (foto João Paulo, da Ong Guardiães da serra)