terça-feira, 30 de outubro de 2007

Sexo oral das aranhas

Seria normal se se tratasse "daquelas" aranhas que o "vulgo" difundiu. Mas não, são os aracnídeos mesmo. As aranhas macho e fêmea fazem não só sexo oral, mas ainda uma boa quantidade de posições sexuais, mais de dez, na hora do "vamo ver", diz um estudo de uma entidade científica espanhola.
A mesma pesquisa, publicada pela agência EFE, da Espanha, diz até que os bichinhos têm seu próprio Kama Sutra, tal a variedade de posições, algumas bem acrobáticas como sugere o famoso livro hindu. Se enrolam na teia; levam um bichinho morto de presente para a parceira a fim de saciá-la (da fome mesmo!), já que a ingrata, depois do "bem bom", tem o péssimo hábito de devorar o macho (igual a abelha, lembram?). E segundo o estudo, (ô gente de mente poluida!), quando a fêmea "come" o macho, é também uma lição do Kama Sutra: o sadomasoquismo.
É, parece que as aranhas enjoaram do "papai e mamãe". E como os cientistas não encontraram uma explicação para o canibalismo das fêmeas, eu tenho a minha própria: o macho falhou na hora H. E aí não teve tempo nem de falar "desculpe, meu bem, isto nunca me aconteceu antes".
Como aranha fêmea não tem dor de cabeça para se negar ao sexo, o macho leva um presentinho para ela, e enquanto ela se distrai comendo um insetinho, ele crau!
E outra forma que o macho achou para se preservar, é escolher as parceiras menores, porque não são tão malucas; ou as mais gordinhas, porque são menos esfomeadas.
Me preocupei com a descoberta. É sinal de evolução de uma espécie, a sofisticação sexual. Já pensou se as aranhas começarem a evoluir, evoluir, falar, pensar, e acharem que podem dominar o mundo? E se nos escravizam?
Pense bem, você ali, nuinha ou nuinho, com as Entradas e Bandeiras à mostra, só com uma gravatinha borboleta, servindo um drinque para satisfazer a imaginação sexual de um aranhão?
Aaarrc.
Mas o mais engraçado do estudo, é que depois de tanto detalhe, os cientistas disseram que não sabiam porque as aranhas usavam tantas posições sexuais.
E precisa?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

2014 é logo alí

Daqui a poucas horas, os olhos dos brasileiros estarão em Zurique, na Suíça. Vão ficar sabendo se o Brasil vai sediar ou não a Copa do Mundo de 2014. Ou melhor, vão ver a confirmação, já que o Brasil é candidato único.
Não quero ser chata, principalmente porque o assunto é futebol, mas algumas perguntas têm de ser feitas: se o negócio é tão bom assim, por que não apareceu outro concorrente?
E se o Brasil perder de novo, em casa, como foi em 1950?
De onde vai sair o dinheiro para tanta reforma e investimento?
Como o País vai fazer para proteger atletas, visitantes, torcedores?
Ah, mas acabei sendo chata, me perdoem.
No Pan foi a mesma coisa. Meti o pau, mas depois caí de amores. Afinal é tão bom ter alguma coisa se arrastando por dias e dias para a gente acompanhar, discutir, brigar, sofrer, comemorar e sair mais cedo do serviço. Melhor que ficar um tempão vendo cenas e mais cenas de acidentes de avião.
Mas ao mesmo tempo fico angustiada só de pensar que poderemos perder para os argentinos, já pensou? Em 50 foi para os uruguaios. Se perdermos, que seja para alemães, ingleses, franceses; estes não ficam zoando a gente eternamente. Mas argentinos, e em menor escala, italianos, ai meu Deus, não permita!
Que venha a Copa do Mundo em 2014! Mas está tão longe. Em sete anos é tanta coisa que acontece.
A propósito: não entendi o que o Paulo Coelho estava fazendo lá na reunião da Fifa. O Romário ainda vai, coitado, está nos finalmentes da carreira. Mas o Mago, não dá pra entender. Mas vá-se entender este País!

domingo, 28 de outubro de 2007

Êta mundinho pequeno!

Sempre compartilhei da idéia de que este mundo é um mundinho, uma ruazinha estreita, fechada, beco mesmo, onde todos se conhecem. E isto muito antes de internets, orkuts, celulares. O mundo já era pequeno antes das tecnologias, depois delas, então, virou um quintal.
E por quê isso agora?
É que cada vez mais a gente encontra pessoas conhecidas em lugares mais distantes e improváveis. Quem aí nunca encontrou um ex-colega de escola, de serviço ou vizinho, em uma viagem?
Num curso de fim de semana, encontrei uma menina que me cumprimentou. Como cheguei meio "sonada" na aula, não me lembrei de imediato quem era.
-" E aí, que dia você vai chamar a gente de novo para sua casa e fazer aquelas comidas gostosas"?
Aí, pimba!, lembrei. Era a Flávia, namorada do Guilherme, fotógrafo que trabalha com a gente. Isso numa turma de mais de 20 alunos, de diferentes formações.
Mas o maior exemplo de "ô mundo pequeno!", foi o encontro de minha prima Eliza, em Roma, na Fontana de Trevi, com um conterrâneo de Passa Tempo.
Passa Tempo é uma cidadezinha alí do centro-oeste mineiro, que quase ninguém ouviu falar.
Já pensou o que é você ir à cidade nos fins de semana, durante 20 anos ou mais e nunca encontrar uma pessoa, e de repente, em Roma, ouvir: "Eliza!?".
Não é o máximo?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Lo dia internacional de hablarse portuñol

Como mañana es feriado para nosotros, antecipo mi postage

(Esta colaboração é de nossa coleguinha Larissa. É demais. Vale a pena aderir!)

Comemoração este ano: 26 de outubro de 2007
http://www.portunhol.art.br

A última sexta-feira de Outubro é o dia em que todos os brasileiros devem utilizar este idioma maravilhoso em seus blogs e chats, no trabalho, na hora de caminhar, tomar café da manhã, ligar para a amante, enfim, todos os momentos deste dia devem estar recheados de palavras em portuñol. Abaixo alguns links para você conhecer um pouco mais sobre a idéia, o dia, e principalmente aprender como utilizar este seleto idioma:
La comemoración en 2007 sera en lo dia 26 de lo otubro! PARTICIPE!

- 2006 - Infelizmente devido ao feriado a comemoração foi passada para 2007.
Como fué la comemoración en 2005
O que é?
Como agir?
Nuestra bandera
Quem está por trás disso tudo?
Como surgiu a idéia
Nuestro patrono: Lo Gran Admiral José Ruelas
Nuestra patrona: Carmen Miranda

Tabela de conteúdo
1 Aprenda a hablar lo portuñol
2 Programas que convertem português para portuñol
3 Canciones e Peliciculas
4 Tiextos dibersos

Aprenda a hablar lo portuñol
No haga feo en lo grande día! Aprenda acá a hablar nuestra língua.
Básico
Intermediário
Avanzado
Palabrones

Programas que convertem português para portuñol
Python
Plugino para lo Adium X de lo Mac. Chateie en portuñol en su Manzana, su preguisozo.

Canciones e Peliciculas
Abajo eston algunas cancionas famosas traduzidas para lo Portunol e los principales películas de lo cinema.
Chiquita Beneno
El Batima en la Fiera de la Fruta
Dar el culo és bueno, por la Tati Quiebra Barracon
El Robocuep-Alegre, por los Mamonas Matadoras

Tiextos dibersos
Abajo una coleción de tiextos dibersos coletados durante los años.
Una declaración de lo amor

Retirado de "http://www.portunhol.art.br/wiki/P%C3%A1gina_principal"

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Quero ser editado

Com o texto abaixo, meu amigo Trotta homenageou os jornalista, em 7 de abril, "homenagem a cada jornalista que dedica sua vida, sua integridade e trata com respeito a notícia para o seu público".


Já fiz a minha escolha para quando eu morrer. Não quero ser enterrado, mas cremado para ser transformado em pó. Não quero ser guardado em caixinha em cima de alguma cômoda da sala ou em segredo como restos mortais do que fui. Quero deixar aqui o meu derradeiro pedido: que o pó da minha existência seja misturado às tintas de alguma impressora para que eu possa sair impresso na próxima edição do jornal.
Espero não estar dando muito trabalho nessa ocasião, mas quero deixar a sensação de que continuo, de alguma forma, entre as notícias, impregnado nas palavras, oferecendo, numa espécie de esforço, até a última gota. “Ter” a sensação do dever correspondido, estampado e marcado pela identidade de uma vocação, vivida na comunicação. Saber que não mais faço parte de uma coluna, reportagem, ou seja lá o que for, mas do todo. Pertencer a todas as notícias, anúncios, traço, linha, expressão, idéia e pontuação. Começar não apenas como a primeira letra maiúscula de uma frase, mas também pertencer às idéias e chegar até o seu ponto final.
Não mais somente ser do jornalismo, mas pertencer definitivamente ao jornal, a cada folha, a cada página, a cada leitor. Cobrir, in memorian, mais uma edição. Não mais fazer parte da pauta, mas estar, como um todo, em pauta; sentir-me vivo em cada editoria, pulsando nas linhas do editorial. Sentir-me presente no próprio expediente. Consumir-me no jornal, consumado nas informações.
Que cada partícula do pó misturado nas tintas possa ajudar a comunicação, os comunicadores e os leitores a pensarem que a informação e as notícias devem estar a serviço de um mundo justo e cheio de paz. E que tenham a plena consciência de que cada um de nós, por menor que seja, por mais “morto” que pareça estar, tem o poder de mudar o estado das coisas e buscar o impossível, o novo. De descobrir uma nova forma de sobreviver, de se sentir vivo entre os vivos. De reviver, na próxima edição.
Estarei entre substantivos, alguns adjetivos, muitos verbos e entre tantos artigos e pronomes. Serei oração principal e subordinada. Envolto em tintas. Feliz. Completo. Sujeito minha existência. Serei, então, objeto misturado a tantas vidas noticiadas em simples folhas de papel jornal.
Quero ser editado. Levado ao prelo e estampado em cores ou em preto e branco. Estar na forma de anúncio, letras ou na fisionomia dos rostos, gestos e figura de cada foto. Não quero ser notícia, mas estar notícia nas mãos dos meus colegas de trabalho e, depois, ser lido pelos leitores em busca de informações. Quero estar nas linhas e entrelinhas dos textos.
Tornar-me útil, mesmo depois, servindo a muitos dos meus leitores que me liam por dentro e me conheciam por fora. Então, me terão por inteiro, sem máscaras e sem receio, sem limitações, vindo do pó e voltando ao pó, em forma de notícias.
Até a próxima edição!

Antonio Trotta – Jornalista
marketingsempena@itajuba.com.br

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sobre cachorros e homens

Última chamada: amanhã é o lançamento do livro Prosa Sub, do Leonardo Lúcio Machado, lá no Maramar (R. Piauí, 1.714 - Funcionários). Vale a pena conferir a prosa que na superfície é sobre mergulho, e no fundo, sem máscara ou oxigênio, é sobre emoções humanas. E para quem está perguntando quem é o Leonardo Lúcio Machado, é o Léo, diretor da Escola do Judiciário. Mas a melhor referência sobre ele é que é o marido da Flávia Mari.

x.x.x.x..x.x.

Houve um tempo em que a vida começava mais cedo e terminava cedo também. Na casa dos 20, os homens já estavam casados e com filhos. Na casa dos 30 já tinham netos. E morriam na casa dos 50, no máximo.
Hoje estamos atrasando estes períodos cada vez mais. Os filhos já não saem de casa, quando saem, antes dos 30, 40 anos. Só vamos ter netos depois de 60, época em que antigamente as mulheres e homens já tinham bisnetos.
E vamos estendendo a vida, artificialmente, e pagando alto preço também. Vidas sustentadas à base de medicamentos e mais medicamentos. De tratamentos e mais tratamentos de rejuvenecimento. Tudo para deter o inexorável passar do tempo. Até chegarmos a situações de extrema dor: seres humanos ligados a máquinas e mais máquinas, como se isso fora prolongar a vida.
E a situação se estende agora para os animais. Aqueles domésticos com quem vivemos anos a fio, como se fossem parte de nossa família. Cães, gatos, passarinhos, peixinhos e tartaruguinhas são tratados com medicamentos dos humanos, e suas vidas são esticadas, desgraçadamente para eles, que ficam por ali, nas nossas casas, cegos, inválidos, surdos e nem sei o quê mais.
Tudo para deter o inexorável tempo. "Tempo, tempo, tempo, és o senhor do destino".
Nicole, minha cocker de 10 anos está doente, com infecção intestinal. Tomou buscopan para a dor e um antibiótico. Não melhorou. Pode estar com insuficiência renal e piometria (um troço no útero).
Os cães não têm servido só para dar conselhos aos seus donos (livro: Marley e eu), numa nova tendência chamada de au auto ajuda.
Servem também para deixar a gente bem para baixo.
Mas também para matar a gente de rir, de alegria, de casos e mais casos para contar todos os dias para os amigos e colegas.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Leite derramado

Não, não se trata da licença que o Renan Calheiros pediu de seu mandato, apesar de esta também poder ser considerada "chorar sobre o leite derramado".
Mas dessa vez é sobre o leite mesmo. Quase não tomo leite, mas fiquei pasma de saber que havia uma quadrilha falsificando o leite aqui nas Gerais, terra do próprio. Não é o fim da picada?
Imagine se forem reeditar a "política do café com leite", terão de chamá-la de "café com leite aguado". Ou "café com leite batizado". Ai que vergonha me dá!
Também neste país tem quadrilha para tudo, que a gente nem deveria se espantar mais.
Só que com esta falcatrua - que a Polícia Federal chamou de "Operação Ouro Branco"-, a gente fica é muito indignada mesmo.
Já pensou as criancinhas tomando o leite com produto químico? Sim, porque não era água não, colocavam soro para aumentar o volume, e um tal de peróxido de hidrogênio, que serve para disfarçar as más condições higiênicas do produto. Ou seja, em vez de vender um produto bom, a corja vendia um produto ruim e disfarçado! E uma das cooperativas ainda usava soda cáustica. Meu Deus, que é isso?
Os falsificadores pertencem a duas cooperativas mineiras: a Coopervale e a Casmil, a primeira de cidades do Vale do Rio Grande e a segunda do Sudoeste mineiro. O leite estragado ia para a Parmalat e a Calu que declararam não ter nada a ver com o caso.
A PF botou a mão em 23 pessoas de Uberaba e Passos. Sabe o que eu faria com estes cachorros? Deixava cinco dias (tempo da prisão preventiva) a pão e leite, claro, do leite fornecido por eles.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Bendita Fabiana!

Admiro pessoas que se dedicam profundamente em tudo que fazem. Pessoas que mergulham de corpo e alma em cada pequeno projeto de vida. E que por causa dessa intensa dedicação fazem tudo com perfeição. Pessoas que nós outros chamamos de "caxias", "CDF" e outros apelidos bobos.
Essas pessoas facilitam a nossa vida, quando são nossas colegas de trabalho. Adoçam nosso dia-a-dia e nos dão estabilidade emocional, quando são nossas companheiras de jornada pessoal; nos dão consolo e segurança quando são nossas amigas.
Noite dessas, lá pelas 21 horas, eu sozinha na redação da assessoria, nos finalmentes do fechamento do jornal, atendo o telefone. Era uma repórter da Rede TV!
- "Será que você me arruma o telefone do Walmir Coutinho?" Perguntei quem era o tal. Era um bambambam dos tratamentos de obesidade, lá de São Paulo.
"Uai, acho que não vou ter isso aqui não"! Aí ela disse que ele foi um dos palestrantes de um seminário de obesidade que havíamos feito no ano passado.
-"Ah, bem, então vou dar uma conferida nas nossas matérias; te ligo depois, me dá seu telefone."
Aí era um número de São Paulo. Eu já estava desconfiada pelo sotaque da moça. Não resisti: - "não é melhor você procurar aí em São Paulo mesmo, telelista, coisa assim?"
- "Já tentei e não consegui nada".
Procurei no nosso banco de notícias e lá estavam as indicações sobre o cara. Aí lembrei de que nossa colega Fabiana foi a encarregada da divulgação do seminário. E organizada que é, certamente teria anotado alguma coisa. Fui no nosso disco P e batata. Lá estavam todas as formas de encontrar o Walmir: celular, residencial, universidade, fax, e-mail. Liguei de volta para a paulista e passei mais do que ela pediu. Com muitos agradecimentos, ela acrescentou - "sabia que eu estava perguntando no lugar certo".
Final de noite, edição esgotante, é bom ouvir qualquer agradozinho.
Mas a Fabiana ajudou novamente, poucos dias depois. Uma repórter d'O Tempo liga pedindo um contato de uma ONG que acompanha nossos trabalhos. O Thiago me pergunta, eu digo que sei quem é, mas não tenho a menor idéia de telefone deles. Pergunta para a Fabiana e pronto: lá estava nome do responsável, site, telefone.
Me desculpem o bairrismo do caso, dos nomes, mas é uma homenagem que faço a todos os profissionais que trabalham com o coração, mesmo depois de anos e anos, de todas as desilusões e frustrações.
Bendita Fabiana, que nos socorre a todo momento e ainda nos trata com a maior delicadeza que você possa imaginar!

PS: O pé de página é para dizer que a Fabiana humildemente disse que eu me enganei. Não foi ela que preparou o seminário da obesidade, mas a Luciene. Faço a correção ( também no texto, que escrevi às carreiras, pedindo desculpas à Luciene), mas mantenho a avaliação sobre todas as Fabianas que conheço. E mantenho também o desagravo. Um dia, quando crescer, quero ser igualzinho a ela!!!!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Será que o Bope é aquilo tudo?

Mais uma vez cumpro meu papel de advogada do diabo. Afinal, esta foi a idéia propulsora do OndePublicar.
Vou fugir da unanimidade que é o "Tropa de Elite". Mas não tanto. Também gostei do filme, achei-o bem feito, sem discurseba, sem moralismo. Com todos os recursos técnicos esperados, o que torna o filme até movimentado. Mas o melhor mesmo, na minha opinião, é o retrato das emoções dos personagens, especialmente do capitão Nascimento. A adrenalina corre por conta não dos enfrentamentos entre "políca x bandidos", mas alí, na exposição dos sentimentos do capitão: a que momento o cara vai explodir. E qual a intensidade dos megatons.
E enquanto elogiávamos, nossa estagiária Yany disse: "mas acho que encheram demais a bola do Bope. Será que só tem mocinho alí? Não tem nenhuma corrupção, né, me engana que eu gosto"!
Todo mundo caiu de pau na coitada. Já pensou, divergir assim, acintosamente, do consenso?
Aí, passado um tempinho, concordei com ela.
Será que o Bope é aquilo tudo?
O "sistema" corre à parte do Bope, sempre?
E se é aquela beleza toda, por que o Bope tentou impedir a exibição do filme, através de liminar?
É difícil acreditar, em se tratando de polícia e de Rio de Janeiro, que me desculpem os cariocas, eles mesmo cansados de tanta falcatrua.
O diretor José Padilha achou um filão, desde que filmou o 174, a história daquele ônibus sequestrado no Rio, cheio de passageiros, por um maluco que queria reatar com a mulher, uma das passageiras.
A tragédia recente, real, é melhor do que a ficção. Daí o sucesso de Trope de Elite, Cidade dos Homens, 174 e outros.
Creio que o lado ficcional do filme ficou por conta da sublimação daquele Bope, afinal um filme precisa sempre de um herói, nem que seja "um herói sem nenhum caráter", como Macunaíma.
O que vocês acham?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Muito além das pitangas

Está chegando o dia do lançamento do livro Prosa Sub (Leia no post de segunda 8).
Do escritor Leonardo Machado, publicado pela editora Ophicina de Arte e Prosa, o livro será lançado no dia 24 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na escola de mergulho Maramar (rua Piauí, 1714 - Funcionários). Vá ao lançamento e tome um chopp por conta do autor.


A "selva de pedra" guarda delicadezas muito além do que um pé de pitanga ou as mangueiras da avenida Alfredo Balena.
Às vezes ilhada por prédios, sobrevive uma casa, resquíscio de um tempo em que as famílias moravam em bairros nobres, sem saber o que era especulação imobiliária. E as heróicas sobreviventes exibem, com orgulho, traços de uma arquitetura modernista, pós-modernista e outras ainda inidentificáveis.
À rua Aimorés há uma casa assim. Sua fachada mantém os traços marcantes do modernismo, modelo que seduziu mais de uma geração de arquitetos mineiros do final dos 50 até metade dos 60. Traços que copiavam o arrojo de Brasília e seu guru maior Niemeyer, em que tudo era velocidade com a recém-chegada Wolkswagen; tempo em que o Brasil tinha de crescer 20 anos em 5, bem ao contrário de hoje, em que os governos ficam 8 anos, querem ficar 20, mas só fazem o que se pode fazer em 5.
Esta casa não guarda só a beleza arquitetônica. Lá existem outras preciosidades impossíveis nas "selvas de pedra".
Tem um galo que canta de madrugada em vez de cantar ao amanhecer, acho que meio perdido com o horário prolongado dos bebedores barulhentos dos bares vizinhos. Tem ainda um sabiá que canta o dia inteirinho, o que me deixou quase louca quando me mudei para perto dali, urbana insensível que sou.
Mas tem ainda uma lembrança muito melhor, de interior, de infância, de dias cheios de sol e de chuva ao final da tarde: as galinhas que cantam espalhafatosamente, no meio da tarde, anunciando a chegada de seus ovos.
São cenários e sons que a "selva" me oferece, gratuitamente, todos os dias.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Venezuela dá mais um passo na hegemonia sul-americana

Leia no post de segunda a resenha de Prosa Sub
Do escritor Leonardo Machado, publicado pela editora Ophicina de Arte e Prosa, o livro será lançado no dia 24 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na escola de mergulho Maramar (rua Piauí, 1714 - Funcionários). Vá ao lançamento e tome um chopp por conta do autor.

x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.
Enquanto faz estardalhaço contra os EUA, atraindo os olhares do mundo, Hugo Chávez continua sua caminhada rumo à hegemonia na América do Sul. Um novo passo foi dado ontem (9), com o anúncio da criação do Banco do Sul, organismo que começará a funcionar já em novembro com um capital de US$ 7 bilhões, distribuídos em cotas pelos países fundadores, entre eles o Brasil.
O Banco do Sul vai fazer as vezes de fomentador do desenvolvimento sul-americano, contrapondo-se ao BID e BIRD, do FMI, organismo que as esquerdas latinas consideram excessivamente intervencionista.
Antes do Banco do Sul, a Venezuela deu um passo definitivo na integração: a criação da TV SUR. Ainda que incipiente, a TV quer dar o olhar dos latinos sobre sua própria realidade. Nada de modelos e padrões norte-americanos da CNN, por exemplo. Árabes fizeram o mesmo com a Al Jazeera. Controlar a mídia é passo básico em qualquer manual de dominação.
O tripé da hegemonia chavista se completará com a implantação do Gasoduto do Sul, outro projeto que acalenta, mas que encontra resistências entre os próprios possíveis parceiros, entre eles a Bolívia.
Mas Chávez caminha bem.
Sua política para o continente tem base ideológica, escudada no sonho de Simon Bolívar de integração latino-americana. Não é à-toa que a Venezuela adotou a alcunha de "República Bolivariana" .
Mas sua política tem base principalmente financeira, cacifada nas suas preciosas reservas petrolíferas.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Um pé de pitanga

Leia no post de segunda a resenha de Prosa Sub
Do escritor Leonardo Machado, publicado pela editora Ophicina de Arte e Prosa, o livro será lançado no dia 24 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na escola de mergulho Maramar (rua Piauí, 1714 - Funcionários). Vá ao lançamento e tome um chopp por conta do autor.


Pertinho da minha casa, em plena avenida Olegário Maciel, tem um pé de pitanga. Mesmo sem chuva, com esta secura toda, as pitangas começaram a brotar lotando o pé, pequenino, humilde, redondinho.
De um dia para o outro, com algumas já vermelhinhas, o pezinho virou atração de quem sobe a avenida, em direção ao Diamond.
Muita gente pára, colhe lá suas frutinhas, olha ressabiada para o porteiro do prédio em frente e vai embora, feliz de comer uma inacreditável pitanga colhida numa rua qualquer da "selva de pedra".
Bem perto também, na rua Timbiras, do lado contrário da igrejona da Universal, tem uma bananeira. Também mirrada, plantada em um buraco do passeio. Pois, já vi uma penca de banana ainda verde nela. E na rua de cima, na Aimorés, tem uma enorme jaqueira. Mas esta não faz sucesso. Parece que o povo não liga muito para aquela frutona que cai esborrachada do pé, porque ela fica ali pelo chão mesmo, ninguém apanha. Também ela madurinha tem um cheiro fortíssimo.
As grandes cidades, apesar de ganharem a fama, nem sempre são essas "selvas de pedra" que o imaginário urbano cunhou.
Há muitos anos, antes de o Arrudas ser canalizado em suas beiradas, alí perto do Barro Preto alguém plantou uns pés de couve na sua margem, do lado de dentro mesmo do leito, ao nível da rua.
As mangueiras da avenida Alfredo Balena, em frente ao Pronto Socorro, já protagonizaram muitas matérias de Tv. Numa delas, recente, foi mostrado um sujeito que até criou um instrumento para colher as mangas mais lá das grimpas. E o cara vendia alí mesmo, em meio àquele trânsito impossível.
O pé de pitanga é um mimo dos porteiros que o aguam e o cercam de cuidados o ano inteiro. Ele não é propriedade do prédio, apesar de estar em seu passeio.
Ele é de todos e nós todos compartilhamos esta doçura que a cidade seca, poeirenta, calorenta, oferece.

Vítor & Léo - Fred & Paulinho

Tá bom Isabela, vou lhe dar mais uma canja. Não lembro de tê-los ouvido, mas se você disse, eu acredito.
A dupla Fred & Paulinho não tem voz esganiçada de marreco. Não canta música de corno.
Mas faz muito sucesso também.
È o que a meninada chama de sertanejo "chique".
Os fãs são só gatinhas e gatões, todos muito bem de vida, chegando em seus carrões e picapes para o show.
E aposto que o Fred & Paulinho não cantam em parque de exposições.
E o fã clube é dirigido pela glamourosa.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Vítor & Léo

Leia no post anterior a resenha de Prosa Sub
Do escritor Leonardo Machado, publicado pela editora Ophicina de Arte e Prosa, o livro será lançado no dia 24 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na escola de mergulho Maramar (rua Piauí, 1714 - Funcionários). Vá ao lançamento e tome um chopp por conta do autor.

Fico me perguntando em que parte da jornada me perdi do resto do rebanho. Isto mesmo. Me perdi do rebanho, porque é assim que me sinto, quando alguém fala num sertanejo qualquer.
Que vai sair de Beagá para ir num show do Vítor & Léo em Sete Lagoas, 70 quilômetros daqui, e num parque de exposições.
Ou então que vai ficar numa fila enooorme para comprar ingressos do César Menotti & Fabiano. Fora que ainda terá um show de Alan & Alex no Expominas.
Não sei nadica de nada desse povo.
E me pergunto se estou demodê (ô palavrinha fora de moda, sô!) no meu gosto musical. Será que ninguém mais escuta Luiz Melodia (fui quatro vezes na loja de disco para perguntar se o Cd novo havia chegado). Será que ninguém escuta Caetano? Chico Buarque? Marisa Monte? Titãs? Skanky? Barão?
Vítor & Léo; César Menotti & Fabiano. Uberlândia. Ribeirão Preto. Andradas. Cuiabá. Goiânia. Uberaba. Araguari. Varginha. Pouso Alegre. São Carlos. São José dos Campos.
Outro Brasil.
E eu com esta estranha sensação de que estou ficando desatualizada, apesar de ler milhões de jornais e revistas e ver tv e ficar com a internet no ar, praticamente o dia todo.
Mas não consigo gostar dos sertanejos e aquelas vozes esganiçadas, feito marrecos. E aqueles amores tortuosos.
Música de corno, que me perdoem os apreciadores.

domingo, 7 de outubro de 2007

Prosa Sub: o mergulho como metáfora da experiência humana

Hoje eu ataco de crítica literária e recomendo o livro com resenha da Flávia Mari transcrita abaixo. Compareçam ao lançamento no Maramar.


Um convite ao mergulho no mar, mas também na linguagem e na experiência humana. Essa é a mensagem que Leonardo Lúcio Machado quer transmitir em seu livro Prosa Sub, publicado pela editora Ophicina de Arte e Prosa. O lançamento do livro acontece no dia 24 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na escola de mergulho Maramar (rua Piauí, 1714 - Funcionários).
No livro, o autor conta a emoção de um mergulhador angustiado entre o prazer despertado pela experiência e a estranha sensação de estar envolto em "um ambiente sem ar" , estranho ao nosso. "Diante da mudança. Diante da necessidade de me adaptar. Diante do risco, que sempre existe, de me afogar" , conta.
Mas apesar de tratar dos sentimentos e experiências do mergulhador, o livro não se limita aos oceanos e não diz respeito apenas aos adeptos do esporte ou aos interessados em iniciar sua prática. Pelo contrário, é um mergulho na linguagem, na medida que o autor brinca com as palavras, com a ordem dos capítulos e com a capacidade do leitor de desvendar esses jogos.
É também um mergulho na experiência humana. O mergulho pode ser então compreendido como uma grande metáfora do aprendizado de convívio consigo mesmo e com o outro. O mergulhador não mais se vê diante do desafio de se adaptar a um ambiente estranho, mas à sua existência e à existência do outro. E de, como diz o professor de literatura Fabrício Marques na apresentação do livro, "na iminência do risco, voltar à superfície".
O autor - Formado em Direito, pela Faculdade Milton Campos, e em Letras, pela UFMG, Leonardo Machado é escritor, artista plástico e músico.
Já expôs suas pinturas na galeria de arte do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no espaço cultural do Café com Letras. Em 1997, publicou seu primeiro livro de poesias, Tentativa de induzimento ao próprio suicídio - um livro alegre como os olhos dos peixes. Desde 1996, é servidor do Tribunal de Justiça.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A resposta do gerúndio

O gerúndio me respondeu. Escreveu uma carta, agradeceu as palavras sobre sua demissão e se disse magoado por eu tê-lo chamado de "rapaz chato".
Achei muito pertinentes suas colocações, por isso as reproduzo.
Antes, me penitencio. O rapaz não é chato.
Creio que ele é um incompreendido.
Não passa de um funcionário público desses antigos, que não teve oportunidade de passar por um treinamento para se adaptar aos tempos cibernéticos. Deve estar ali ainda, na repartição, cercado de papéis e poeira. E se não tem treinamento, certamente não tem carreira também. Não é culpa dele.
Mas vamos às considerações do gerúndio. Ele tem toda a razão: sua demisssão não passou de um ato espetaculoso do Arruda, que como governador é ótima erva para espantar maus olhados.
Esse governador não tem sensibilidade política e humana. Demite um pai de família (não sei se o gerúndio é casado com a voz passiva ou com a oração subordinada) só porque quer aparecer na mídia. Bem feito, apareceu nada!
Fico pensando nas conseqüências da demissão do gerúndio: será que os gerundinhos terão de parar de estudar em escolas particulares? E o curso de inglês? E as aulas de natação? Terão de abandonar tudo?
O gerúndio tem razão. É muita injustiça.
Se for seguir o critério da eficiência, o Arruda teria de demitr também o "H", o "Y"
e os "CHs", o trema, o acento grave, o circunflexo e tantos outros que se escondem por aí, em funções duvidosas e horários de expediente idem.
Uns aparecem no serviço só de vez em quando. Outros podem ser substituídos por este ou aquele, tanto faz.
E as mesóclises, então. Alguém aí usa?
Acho que foi um grande erro do Arruda. Não precisa demitir por ineficiência. Basta mudar o cara de função!
Acho que o gerúndio pode estar fazendo muita falta no telemarketing do governador!
Vou estar sugerindo isto para o Arruda.
E creio que ele vai estar pensando na besteira que fez e vai estar revogando a demissão.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Serra da Calçada e Rola Moça

"A Serra do Rola-Moça não tinha este nome não"...
"Ali, fortuna inviolável!/ O casco pisara em falso. Dão noiva e cavalo um salto/ Precipitados no abismo./ Nem o baque se escutou./Faz um silêncio de morte,/ Na altura tudo era paz...
Chicoteado o seu cavalo,/ No vão do despenhadeiro
O noivo se despencou. / E a Serra do Rola Moça
Rola Moça se chamou ".
Imortalizada por Mário de Andrade, a Serra do Rola Moça pode aumentar de tamanho em breve.
E aumentar em importância também, se virar lei um projeto que tramita na Assembléia de Minas, anexando ao Parque Estadual do Rola Moça, a Serra da Calçada.
A Serra da Calçada, com área de pouco mais de mil e oitocentos hectares, entre Brumadinho e Nova Lima, tem a importante missão de blindar a biodiversidade da Cadeia do Espinhaço, na região do Quadrilátero Ferrífero. Daí a necessidade de sua inclusão na área do Parque do Rola Moça, pois só assim passa a ser protegida pela legislação do parque e a livrar-se das agressões das mineradoras, aliás, mineradora: a Vale do Rio Doce.
Só uma liminar suspendeu as prospecções que a Vale vinha fazendo na área, colocando em risco fauna e flora únicas, e mais de 40 mananciais da região.
A recomendação de integrar a Serra da Calçada ao Rola Moça foi feita no ano passado, em estudo chamado Espinhaço Vivo, da Fundação Biodiversitas, como forma de preservar áreas consideradas insubstituíveis do Espinhaço, um dos complexos de maior diversidade biológica do planeta e dos mais ameaçados também.
Além do Qudrilátero Ferrífero com sua vegetação única, outras áreas em Minas também são consideradas insubstituíveis na conservação do Espinhaço: a Serra do Cipó, a Serra do Cabral, a região de Diamantina (Parque Nacional Sempre Vivas e Parque Estadual Rio Preto), Itacambira e Grão Mogol (Espinhaço Norte).
Ambientalistas e moradores do entorno da serra já fizeram sua parte: um documento com mais de 15 mil assinaturas integra o pedido de juntar Calçada e Rola Moça.
O planeta agradece.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

A demissão do gerúndio

O gerúndio, aquele chato do "vamos estar providenciando", "estaremos lhe passando", foi demitido em Brasília.
Por decreto do governador e tudo (veja o decreto completo abaixo). E sem direito a aviso prévio. Não sei se vai receber as outras obrigações trabalhistas, como FGTS, acerto de férias e outros, todos muito bem merecidos, pelo enorme tempo de trabalho prestado (ou uso, como queiram).
A partir de um decreto, a burocracia do Distrito Federal está proibida de usar tais expressões. O objetivo, segundo o governador Arruda (ops!) é agilizar a máquina e acabar com a ineficiência.
Ou seja, ninguém mais pode atrasar a coisa por um verbo, que dá idéia de processo, e não resolve nada.
Daí que, pediu informação? Nada de vai estar providenciando, mas providencio, ou providenciei ou providenciaremos. E deixa a burocracia mais ágil.
Vamos ver se ela anda, só porque mudou o tempo do verbo. E tem professora de português da UNB danada da vida pelo banimento do gerúndio. Diz ela que é desconhecer a língua portuguesa e os usos do verbo, e que legislar sobre a língua pátria é sempre um desastre.
Cada um com seus amores e idiossincrasias.
Mas acho que a medida deveria ser estendida para outros setores que não a burocracia brasiliense.
Por que não uma emenda à Constituição Federal para estender a proibição aos serviços de celulares e cartões de crédito? E também vendas no geral. E serviços bancários também.
Eu não tenho nada contra o rapaz, mas que o gerúndio é chato e uma praga isto é.

OLHA O DECRETO:

DECRETO Nº 28.314, DE 28 DE SETEMBRO DE 2007.
Demite o Gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1° - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007.
119º da República e 48º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA