segunda-feira, 3 de maio de 2010

Manifesto de Rio Acima


Recebo e publico, outra vez, o manifesto dos sitiantes de Rio Acima. Vamos assinar o manifesto deles, contra o asfalto de trecho da Estrada Real?
(Link no final do texto)

"A comunidade ambientalista/histórico cultural em Minas está em alerta pela ameaça de asfaltamento do único trecho intacto da estrada real em Minas Gerais – a rodovia MG - 030, entre Rio Acima e Itabirito.
Esta ameaça está sendo denunciada por ambientalistas da Associação Ecológica de Moradores do Entorno da Rodovia MG-30. Estrada que começa no BH -Shopping, de Belo Horizonte a Nova Lima, Rio Acima e Itabirito, antigo caminho – com de mais de 200 anos – que ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro e serviu de norte para bandeirantes, faiscadores, mineradores e da Tropa Real.
Para reverter este equivocado asfaltamento os defensores do meio ambiente e da história e cultural do Brasil/colonial fizeram um ante-projeto para que a estrada seja calçada com pedra “pé de moleque” ou “pedra de mão”, acrescido ao irrefutável argumento de que dará maior autenticidade ao local e possibilitará permeabilidade e condições propícias à plantas, animais e pássaros conviverem harmoniosamente no meio ambiente.
HISTÓRIA – Esta antiga estrada tem 23 km encascalhados e salpicados com pedras do tempo colonial foi feita com cortes radicais nos contrafortes da serra e da mata protegida na APA/SUL. Porém, algumas pessoas “atiçadas” por mineradoras e maus políticos de Rio Acima e Itabirito, com de resto de Minas Gerais, insensíveis ao comprometimento ambientalista, tentam forçar a barra para asfaltar – com o equivocado argumento do progresso a qualquer custo, e com prejuízo ao meio ambiente. Isso fatalmente poderá acabar com o ecossistema da região e fará com que aumente o perigo de acidentes automobilísticos, uma vez que o trecho é cheio de curvas e muitos precipícios abissais.
Os moradores e pequenos sitiantes e do entorno da Rodovia (pelo menos os mais conscientes), os ambientalistas e vereadores de Rio Acima, Itabirito, Nova Lima, Raposos e BH, aliados às associações socioambientais, estão fazendo apelos ao DER, IBAMA, SEMAD (IEF, FEAM, IGAM, COPAM ) e às secretarias de Cultura, de Turismo etc. para se unirem contra a ameaça de mais um crime ecológico - de forma irreversível - caso seja perpetrado.
DECISÃO ECOLÓGICA – Os sistemas de calçamento ecologicamente corretos são indicados para pavimentos que preservam o meio ambiente sem agredi-lo.
O calçamento feito com pedra “pé de moleque” (“pedra de mão”), além da vantagem ambiental, é fortalecido pelo argumento do aspecto social, pois poderá ser feito empregando material e mão de obra locais, e que poderá também incentivar a adoção do exemplo em várias outras cidades do entorno das estradas vicinais, com grande ganho ambiental e cultural.
Trata-se de uma alternativa que é considerada útil e ambientalmente correta por administradores públicos e privada, projetista, ambientalistas, consultores e empreiteiros, ou por qualquer pessoa envolvida na escolha dos tipos de pavimentos a serem utilizados nos mais diversos campos de aplicação.
CICLO HIDROLÓGICO - A escassez de água no meio ambiente e as formas de garantir o melhor aproveitamento desse recurso, são alguns dos temas mais discutidos em todo planeta. A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) afirmou que nos próximos cinqüenta anos, os problemas relacionados com a falta de água afetarão todas as pessoas no mundo. Uma das causas é a ação predatória do homem, que continua a intervir no ciclo hidrológico, e acaba por contribuir na intensificação dos desastres naturais, seja com o desmatamento ou até mesmo pela impermeabilização do solo através da pavimentação Asfáltica de grandes áreas.
Ao longo dos anos, muitos fatores vêm modificando as exigências da gestão municipal, impondo a busca de novas soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e capazes de agregar outros valores para a economia das cidades e para a vida dos contribuintes. A exemplo disso, alguns municípios fizeram algumas alterações na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo do Município, aprovando mudanças que vêm ao encontro às necessidades da sociedade e da cidade, em se adaptarem à dinâmica urbana e às conseqüências deste crescimento.
O calçamento “pé de moleque”, ou “pedra de mão” permite a perfeita drenagem das águas de chuva e, ao mesmo tempo, evita a impermeabilização do solo, pois as juntas entre as pedras possibilitam a infiltração de uma de uma parcela das águas incidentes, amenizando desta maneira, o impacto ambiental. Portanto, são considerados pisos ecologicamente corretos.


Giuseppe Gabriel Persichini Moll
depersi@ibest.com.br - Rio Acima-MG - 9733.9183


http//www.euconcordo.com/contra-asfaltamento-da-estrada-r