terça-feira, 23 de junho de 2009

Audiências para Parque da Serra do Ouro Branco

João Paulo, do Movimento Legal de Ação Guardiães da Serra do Ouro Branco/Projeto Co-Criar (projeto.co-criar@oi.com.br), a meu pedido, me manda um relato da audiência pública entre os moradores de Ouro Branco e o IEF.
Segundo ele, a reunião serviu para esclarecer alguns detalhes do projeto.
"O principal foi a destinação dada ao Monumento Natural do Itatiaia. O monumento foi escolhido por ser uma área com comunidades. Isto evita as desapropriações e dá margem para a criatividade das comunidades envolvidas, possibilitando seu desenvolvimento e sua contribuição efetiva para o sucesso das Unidades. Nessa linha, não houve conflitos, mas sim uma grande satisfação da comunidade ourobranquense e um comprometimento desta em fazer das novas Unidades de Conservação, modelos internacionais de revitalização, preservação e utilização consciente destes presentes da vida, para todos nós, que são a Serra do Ouro Branco e a Serra de Itatiaia. A consulta pública ainda está aberta no site do IEF, disponivel para a população e interessados diretos. Com esses passos, o processo segue agora para a junção de todos os papéis necessários à finalização do projeto por parte do IEF, que o encaminhará para o Secretário de Meio Ambiente do Estado, José Carlos Carvalho, para o SISEMA e por fim, para a análise do governador Aécio Neves. Se tudo estiver nos conformes o governador há de assinar o decreto de criação do Parque Estadual da Serra do Ouro Branco e do Monumento Natural Estadual do Itatiaia até novembro deste ano".

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ameaça de asfaltamento do único trecho intacto da Estrada Real

O único trecho intacto da Estrada Real – compreendido entre Rio Acima/Itabirito - está ameaçado de ser asfaltado pelo DER. A ameaça está sendo denunciada por ambientalistas da Associação Ecológica de Sitiantes e Moradores do Entorno da Rodovia MG-30, que começa no BH-Shopping, na estrada que liga Belo Horizonte, Nova Lima, Raposos, Rio Acima e Itabirito, antigo caminho com de mais de 200 anos, que ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro. Para reverter o equivocado asfaltamento os defensores do meio ambiente e da história colonial fizeram um ante-projeto para que a estrada seja calçada com pedra "pé de moleque", “pedra de mão”, ou bloco intertravado sob o argumento que, assim feito dará maior autenticidade ao local e possibilitará permeabilidade e condições propícias para plantas, animais e pássaros conviverem harmoniosamente no meio ambiente. HISTÓRIA - Esta antiga estrada tem 23 km encascalhados e salpicados com pedras do tempo colonial. Foi construída com cortes radicais nos contrafortes da serra e da mata protegida na APA/SUL. Porém, as prefeituras de Rio Acima e Itabirito, insensíveis ao comprometimento ambientalista, tentam forçar a barra para asfaltar - com o equivocado argumento do progresso a qualquer custo, e com prejuízo ao meio ambiente, o que poderá acabar com o ecossistema da região e fará com que aumente o perigo de acidentes automobilísticos, pois o trecho é cheio de curvas e muitos precipícios abissais. Os pequenos sitiantes e moradores do entorno da Rodovia (pelo menos os mais conscientes), os ambientalistas e vários vereadores de Rio Acima, Itabirito, Nova Lima, Raposos e Belo Horizonte, juntamente com associações ambientais estão fazendo apelos ao DER, IBAMA, FEAM, IEF, IGAM, SISEMA e às secretarias de Cultura, de Desenvolvimento Urbano etc. para se unirem contra a ameaça de mais um crime ecológico, e de forma irreversível, caso seja perpetrado. DECISÃO ECOLÓGICA - Os sistemas de calçamento ecologicamente corretos são indicados para pavimentos que preservam o meio ambiente sem agredi-los. Os pisos feitos com pedra “pé de moleque” (“pedra de mão”), além da vantagem ambiental , são fortalecidos pelo argumento do aspecto social, pois deverá ser feito empregando material e mão de obra locais,e que poderá também incentivar a adoção do exemplo em várias outras cidade do entorno das estradas vicinais, com ganho ambiental e cultural. Trata-se, portanto, de uma alternativa que de ser considerada por administradores públicos e privados, projetistas, ambientalistas, consultores e empreiteiros, ou por qualquer pessoa envolvida na escolha dos tipos de pavimentos a serem utilizados nos mais diversos campos de aplicação. A escassez de água no meio ambiente e as formas de garantir o melhor aproveitamento desse recurso, são alguns dos temas mais discutidos em todo planeta. A UNESCO afirma que nos próximos cinqüenta anos, os problemas relacionados com a falta de água afetarão todas as pessoas no mundo. Uma das causas é a ação predatória do homem, que continua a intervir no ciclo hidrológico, aumentando e na intensificando os desastres naturais, seja com o desmatamento, ou até mesmo pela impermeabilização do solo, através da pavimentação asfáltica dessas áreas ambientais, como a que se pretende fazer. Ao longo dos anos, muitos fatores vêm modificando as exigências da gestão municipal, impondo a busca de novas soluções que sejam, ao mesmo tempo, práticas e capazes de agregar outros valores para a economia do município e para a vida dos contribuintes. A exemplo disso, as Prefeituras precisam fazer algumas alterações na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo do Município, e aprovar mudanças que vêm de encontro às necessidades da sociedade e da cidade, em se adaptarem à dinâmica urbana e às conseqüências deste crescimento. É preciso ter a consciência de que as vias públicas e estradas coloniais deverão ser pavimentadas com revestimentos que tenham maior capacidade de permeabilização, para garantir através de medidas adequadas de planejamento de uso e ocupação do ambiente, os recursos hídricos na quantidade necessária e na qualidade desejada aos diversos usos, principalmente ambientais. O calçamento “pé de moleque”/“pedra de mão”, ou os blocos de concreto de pavimentação permitem a perfeita drenagem das águas de chuva. Ao mesmo tempo, evitam a impermeabilização do solo, pois sabe-se que as juntas entre as pedras ou blocos possibilitam a infiltração de uma de parcelas das águas incidentes, amenizando assim, o impacto ambiental, sendo considerado pisos ecologicamente corretos.
Adriano Duarte P. Cunha Sítio De Persi -Km 48 - Rodovia MG-30 Rio Acima – Minas Gerais

Estrada Real em Risco

Apoio porque acho o atual prefeito de Nova Lima um completo idiota, que abriu a cidade aos megaempreendimentos imobiliários, megaedifícios, nas outroras azuis montanhas mineiras da RMBH. Também queriam o quê? O cara nem é de Minas.
E também não tem visão de futuro, destruiu aquela região do Belvedere, com tanto prédio, esquecendo-se de que junto com os prédios vêm os milhares de automóveis, as toneladas de fumaça, os milhões de decibéis de buzinas...

Associação de Sitiantes Ecológicos de Rio Acima e Itabirito/ Estrada Real/MG-3O

O ecocidadão só enxerga a Estrada Real calçada com pedra “pé de moleque”ou bloco intertravado, pois tem certeza de que assim as matas e os rios continuarão respirando.
Rio Acima, 1º de junho de 2009
Prezados amigos e amigas,
Ajudem-nos a divulgar a inconsequente pretensão e o absurdo ambiental e cultural que seria o asfaltamento de 21 km de caminho colonial, no único trecho intacto da Estrada Real, entre Rio Acima e Itabirito.
Insanidade pretendida pelos prefeitos de Rio Acima e de Itabirito, e que são aplaudidos pelos destruidores do meio ambiente e da memória cultural e de toda a espécie de aproveitadores/traficantes de animais silvestres, pois a estrada que pretendem destruir ainda guarda reminiscências da época colonial/imperial do século XVIII.
Caso seja asfaltado, além de perder a característica de Estrada Real, esse trecho carregaria a pecha de ser um verdadeiro convite para o suicídio de milhares de pessoas (motoristas e passageiros), pois é cheia de curvas perigosas e precipícios abissais tipo canyons, em toda sua extensão. Essa estrada foi feita há mais de duzentos anos nos contrafortes da serra e matas da APA-SUL, protegidas pela leis ambientais do IBAMA e SISEMA e culturalmente pelo Patrimônio Histórico
Por isso, as pessoas sensatas e honestas defendem, principalmente, uma obra que preserve, primeiro a vida e, logo a seguir, o meio ambiente. Alertam ainda sobre a falta de segurança que beneficiará os marginais que usarão a estrada como rota de fuga após praticarem roubos na região e outros delitos, como tráfico de drogas ou todo tipo de desassossego que incomodará a comunidade pacata e ordeira de Rio Acima, Itabirito, Nova Lima, Raposos e Ouro Preto.
Nós, defensores da natureza, da preservação histórica e ambiental temos um ante-projeto que substitui esse famigerado asfalto por um calçamento ecologicamente correto que é a pavimentação feita em pedra ”pé-de moleque"/"pedra de mão", ou o bloquete intertravado, que certamente trará enormes ganhos sociais, uma vez que utilizará material e mão de obra locais.
Soluções construtivas criativas e de interesse sócio/educativo/comunitário devem ser a tônica nesse momento em que o mundo exige a presença de atitudes politicamente corretas e sem os maneirismos e subterfúgios demagogos de dirigentes municipais que não tem nenhum compromisso com as gerações futuras, pois querem destruir passado e o presente em nome de um “progresso” falso e inconsistente.

Com meu abraço fraterno,
Adriano Duarte P. Cunha
Km 48 - Rodovia MG-30 – Rio Acima





sexta-feira, 5 de junho de 2009

Os desabrigados ambientais

E no Dia Mundial do Meio Ambiente, um texto para ler e refletir. Trata-se dos refugiados ambientais, centenas de pessoas que têm de abandonar seus lares diante das novas características geográficas de seu habitat, novas características provocadas pelas mudanças climáticas. Ilhas que desaparecem, orlas que são inundadas, beiras de rio idem. Veja no link abaixo:
http://educacao.uol.com.br/geografia/refugiados-ambientais.jhtm

E porque hoje é sexta, e se Deus quiser, eu só volto na segunda, desde claro, que ninguém jogue filhos pela janela, ninguém roube descaradamente o dinheiro público, não se rompa nenhuma barragem, aí vai uma poesia para vocês lembrarem o meio ambiente:

A folha
Carlos Drummond de Andrade

A natureza são duas.
Uma, tal qual se sabe a si mesma.
Outra, a que vemos. Mas vemos?
Ou é a ilusão das coisas?

Quem sou eu para sentir
o leque de uma palmeira?
Quem sou, para ser senhor
de uma fechada, sagrada
arca de vidas autônomas?

A pretensão de ser homem
e não coisa ou caracol
esfacela-me em frente à folha
que cai, depois de viver
intensa, caladamente,
e por ordem do Prefeito
vai sumir na varredura
mas continua em outra folha
alheia a meu privilégio
de ser mais forte que as folhas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Um eucalipto de presente no Dia do Meio Ambiente

A Fundação Biodiversitas e a Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda) estão com uma campanha na internet para apoiar o projeto de lei 2.771/08, do governador, que está tramitando na Assembleia e sobre o qual eu falei aqui ontem.
É o projeto que vai alterar a Lei Florestal mineira, mudando algumas coisas, como a proibição gradativa do uso do carvão proveniente de floresta nativa pelas siderurgias. Há outras alterações importantes, como o monitoramento eletrônico do comércio carvoeiro.
A filosofia que orienta o projeto é aquilo que falei no texto de ontem, dá-se uma mão e retira-se um braço.
Respeito a iniciativa da Amda e da Biodiversitas, mas me preocupo com o raciocínio reducionista que a orienta.
Tal raciocínio consiste em apoiar o menos pior. Se proibir o carvão natural vai preservar o que restou de Mata Atlântica e Cerrado, então vamos aderir.
Só que esta proibição vai fazer explodir o setor da silvicultura de eucalipto, afinal de onde as siderúrgicas irão comprar o carvão?
E tome plantação de eucalipto nesse mundão de Deus, ex-cerrado de Guimarães Rosa.
As entidades ambientalistas estão sempre correndo atrás do prejuízo. Nunca vi uma ação propositiva, como fazer um lobby correto e legítimo, como por exemplo durante a tramitação do projeto; e propor outras mudanças, que além de preservar o que restou da mata (míseros 10%), não levem áreas remanescentes a conviver com o eucalipto e suas nefastas sequelas de empobrecimento do solo e prejuízos à agricultura familiar.
Mudanças poderiam ser: destinar X% da área do Estado para o reflorestamento de espécies nativas (não o plantio de eucalipto, isto é atividade comercial, e a silvicultura mineira já deu mostras de seu poder junto ao Estado e Assembleia).
Pelo menos a filosofia que orientou a lei que ora se propõe alterar era mais protecionista, com a exigência de destinação de se preservar 20% da área de fazendas para o meio ambiente.
Enquanto a silvicultura faz congressos, banca campanhas políticas, banca megaeventos no Expominas, as entidades ambientalistas ficam aí com cartinhas e apoio a projetos que os menos ingênuos sabem muito bem a quem atenderá. Pelo menos parte do projeto, claro.
E eu nem sou contra a silvicultura nada. Sei que é uma atividade economicamente sustentável, de um setor com visão mais moderna, em comparação com o setor minerário, por exemplo.
Só acho que uma coisa não vai compensar a outra (carvão de mata nativa por carvão de mata plantada).
Os 10% de Mata Atlântica vão ficar, mas ao lado dos 50, 60%(?) de eucalipto.
E uma hora dessas teremos ótimas receitas de pratos com eucalipto.
Dizem que o chá é ótimo para o pulmão!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O Dia do Meio Ambiente e as comemorações

Depois de amanhã (5/06) é o Dia Mundial do Meio Ambiente.
No ano passado sugeri aqui algumas formas de comemorar a data.
Este ano vou sugerir algumas reflexões.
Estamos num momento estranho no Brasil: há avanços e retrocessos quase que diariamente, como se houvesse uma intenção velada de deixar esta briga empatada.
Já é ruim suficientemente por ser uma briga. Pior ainda é mantê-la empatada, porque empate pode significar equilíbrio, mas de um outro ponto de vista pode significar também anulação de ações.
E no meio disso tudo um ministro do Meio Ambiente meio doido, espetaculoso, para usar um termo mais midiático.
Dá ou não dá saudades da suave Marina?
O Congresso se encarrega de detonar algumas leis ambientais, como a de proteção às cavidades naturais, a de proteção a restingas (ainda em tramitação) e mais uma lista, que os ambientalistas reunidos no Ibirapuera, São Paulo, no finalzinho de maio, denunciaram.
Aqui fala-se que o desmatamento cairá, a partir da aprovação do projeto de lei 2.771/08, que reduz o uso de carvão proveniente de matas nativas pelas siderúrgicas, gradativamente, até 2017.
Também já está na reta final a criação do Parque Estadual da Serra do Ouro Branco.
Mas a mata seca, no Norte de Minas, já pode ser usada mais amplamente para projetos agropecuários.
E a Reserva do Cercadinho vai ceder seu quinhão para o Vetor Sul, aquele acesso novo para Nova Lima, local todo estrangulado na altura do Belvedere.
É obra que precisa ser feita, mas a diminuição da área da reserva não veio acompanhada de nenhuma contrapartida ou de exigências mais duras para o licenciamento de construção da alça viária.
São Paulo fez o contrário. Seu rodoanel vai sair numa área de mananciais, mas o licenciamento para a obra terá que cumprir uma lista quilométrica de medidas mitigantes.
Mas o que merece mais reflexão, neste momento, é mesmo o PL 2.771, que está sendo saudado como a redenção do desmatamento em Minas Gerais, redenção do que resta de Mata Atlântica no Estado.
Mas em uma solenidade ontem promovida pela Associação Mineira de Silvicultura (AMS), Sindifer (produtores de ferro gusa), Embrapa Florestas e governo mineiro, liguei o sinal de alerta.
Foi um megaevento, (que continua por três dias, em forma de um congresso sobre florestas energéticas) o que demonstra a robustez do setor.
Reivindicando para si o título de agricultores e xingando o ministro Minc que os chamou de vagabundos, os plantadores de florestas agradeceram muito, mas muito mesmo, ao governador e ao vice pelas "políticas para o setor".
Bem, as "políticas" estão contidas no PL 2.771.
A siderurgia não poderá comprar mais do que um percentual X de carvão proveniente de mata nativa já a partir do próximo ano, percentual que chegará a no máximo 5% em 2017.
Isto vai tornar mais robusta a silvicultura mineira.
Se não se pode derrubar mata nativa, o carvão tem de vir das florestas plantadas.
Nada de mais, se não houvesse uma discussão quase filosófica sobre os malefícios do eucalipto. Ou sobre a monocultura, outra vertente do debate.
Ou seja, saimos da chuva para cair no molhado.
E o efeito estufa, com suas mudanças climáticas, avança e agradece.
Vamos rezar no Dia Mundial do Meio Ambiente!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dia Mundial do Leite

Hoje é o Dia Mundial do Leite, data sugerida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU).
Aqui em Minas, maior produtor de leite do país, o sindicato dos produtores (Silemg), promove uma degustação do produto na Praça Carlos Chagas (Assembleia).
Quem passou por ali, recebeu desde cedo, folhetos, revistas com matérias sobre o leite e seus benefícios. E de quebra, pôde degustar queijos de vários tipos, pãezinhos com requeijão, iogurtes, uma verdadeira festa.
De longe dava para ver a fila enorme que se formou próximo à barraca de degustação.
Mas chegando perto, deu para ver que a turma estava mesmo era na fila de medição de pressão arterial e teste de glicose.
A FAO recomenda um consumo anual de 200 litros de leite, mas no Brasil, a média não passa de 120 litros. O pior disso tudo, é que segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o brasileiro consome 89% a mais de refrigerante e 41% de cerveja.
Talvez o consumo do leite esteja diretamente ligado ao preço para o consumidor final.
E volta e meia os produtores reclamam que eles não ficam com praticamente nada dos lucros da atividade e acusam o setor de embalagens, dominado pela sueca Tetra Pak.
E fica tudo por isso mesmo. E agora estão todos juntos nas comemorações do Dia Mundial do Leite.
Todo ano são feitas campanhas milionárias para incentivar o consumo do leite.
E se um pouco desse dinheiro fosse canalizado para uma espécie de subsídio ao leite para populações mais carentes?