quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

O golpe do sequestro

Atendo o telefone às 3 horas da madrugada. Não tenho o costume de fazer isso, pois abaixo a campainha, fecho a porta do meu quarto e não escuto mais nada desse mundo. Sono para mim é sagrado. É ritual de passagem, seja lá isso o que for.
Mas ontem, não dormia de jeito nenhum. Vi televisão até 1h30, incluindo aquele programa de venda de jóias que me dá sono. Depois de quase uma hora vendo as jóias da Marquesa de Santos, segundo o apresentador, deito, mas o sono não vem.
Mas voltando ao telefone. Atendo porque estava acordada e escutei a campainha. O aparelho é novo e ainda não descobri onde abaixá-la.
Era uma ligação a cobrar. Meu coração dá uma ligeira acelerada. Depois da gravação, escuto um aflito, indagativo e choroso alô feminino. Na terceira vez desligo, apesar da acelerada cardíaca.
Fico com o telefone na mão, olhando feito besta, esperando que ele tocasse novamente.
Vou ao telefone da sala para conferir a bina.
Bingo! Lá estava o prefixo do Rio, 21, e o número 76687002, com certeza um celular pré-pago, não sei de qual operadora.
Bem, o azar dos bandidos do trote do sequestro é que pegaram uma dorminhoca contumaz, que fica uma arara o dia que não dorme. Não conseguiram me pegar!
Mas já deito de novo maquinando um texto para meu blog, amanhã. Quer dizer hoje, já que amanhã já é hoje, e eu dormi ontem, mas não dormi, então ontem também já é hoje. E amanhã era na hora que eu deitei a primeira vez, depois da minissérie Maysa, lá pelas 11h30. Mas na verdade logo em seguida já era hoje, mesmo eu falando amanhã ou ontem.
Viiiixe! Acho que vou voltar para a cama e dormir um pouco porque acho que estou com as ideias meio embaralhadas.

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