sábado, 10 de janeiro de 2009

O colchão Ortorruim

Comprei um colchão de mola no final de novembro passado. Desses cheios de trique trique, afinal o objetivo era acabar com uma dor nas costas. Mola pocket, pillow top e essas frescuras todas que o marketing inventa para nos impressionar.
Ontem, já cismada com o desconforto do mesmo, vasculho sua superfície e descubro umas depressões.
Pego o telefone para reclamar na loja, mas dou uma olhada antes na garantia.
Tomo um susto: está lá com todas as letras: "depressões de até 4 cms são consideradas normais, até pela ABNT".
Desligo.
Creio que não vai adiantar reclamar. E nem vou perder tempo medindo a "depressão", para ver se está dentro do que a empresa considera normal.
Para mim, um buraco, de que tamanho for, já é anormal, ainda mais que foi a deformação do outro, que só tinha quatro anos de uso, que me levou à troca. E olha que ele só tem um mês de uso.
Mas a ABNT não pensa assim então, azar o meu.
Depois de ler no blog da Patrícia Duarte, um problema que ela teve com uma secadora, vi que ainda temos muito chão para andar na conquista dos direitos do consumidor. Ou então, nos acostumarmos aos produtos descartáveis.
O colchão é um Ortorruim.

2 comentários:

APPedrosa disse...

Se o colchão novo pode ter com "depressões de até 4 cm" e tudo bem, tudo normal, tudo certo, para quê a gente tem que trocá-lo de tantos em tantos anos para não dormir em colchões deformados? Nossa coluna sofre com deformações velhas mas acha o máximo deformações de fábrica?

Anônimo disse...

È Adriana, infelizmente não temos para onde correr, azar o nosso, o vendedor já esta com sua comissão no bolso o dono com o lucro, porque eles vão se extressar. No natal comprei um brinquedo para o Cicero e foi a maior tristeza, pois o mesmo não funcionou, fui até a loja trocar ganhei um não, chamei um policial, fiz uma ocorrência e entrei com uma ação no juizado de pequenas causas, a audiência somente no dia 13 de março, concluindo o papai noel dele só em março, isso se der tudo ao meu favor. Então onde o consumidor tem razão, estamos perdidos e sem a quem pedir socorro. Denise