terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Sol, chuva, neve e o armagedon

Custo a tomar coragem para sair debaixo dos dois edredons finos que me cobrem, para atender o interfone, depois de 11 horas da noite. Vou receber um antibiótico que encomendei para minha filha que está penando com uma inflamação brava de garganta. Aproveito que levantei e tomo um antigripal, porque também não estou lá essas coisas.
Não, não é inverno. É agora mesmo, janeiro, alto verão, quando a temperatura deveria estar acima dos 28 graus, mesmo com chuva.
Mas a chuva deste ano trouxe um inesperado frio, que pegou todo mundo de surpresa. Nem no ano passado, em julho/agosto, dormi de edredon, mesmo que desses fininhos como são os que costumo usar no inverno.
Pois ontem tive de usar dois. Não sei se estava com um pouco de febre também, mas sentia muito frio.
Primeiro, um calor danado no Chile, de mais de 35 graus à meia-noite. Agora, esta chuvinha gelada. A chuva ainda vai, mas com frio, aí é dose para leão. Não há como escapar dos resfriados. E das inflações de garganta, ou de ouvido, ou de faringe, conforme a característica do freguês.
Antes, vi uma reportagem sobre o inverno na China, daquele de matar até urso polar. "O mais rigoroso inverno dos últimos 40 anos".
Como foram os dias de 7 a 18 de janeiro, no Chile, um deles, o dia 16, "o mais quente dos últimos 30 anos". Ou como foi o dia 24 em São Paulo, "o mais frio do verão dos últimos 20 anos".
O clima mundial entrou numa disputa consigo mesmo e vem conseguindo bater sucessivos recordes, e, apesar dos transtornos que nos causam, os recordes viram só tema de noticiários.
Nunca são encarados como sinal dos tempos pelos governos recordistas em emissões de gases de efeito estufa.
Eles (Estados Unidos, Japão, Canadá, Brasil) deveriam adotar medidas que protejam o planeta do caos final, o "armagedon" que São João descreve em Apocalipse 16:14, como a batalha do Juízo Final.
Mas que tanto pode ser uma guerra nuclear, segundo a maioria das interpretações, como uma mudança climática irreversível, de qualquer forma, ambas provocadas pelo homem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai Adriana!
Que inveja de vc: ficar debaixo do edredon até às 11 horas neste tempinho ao invés de vir cumprir tabela...