domingo, 20 de janeiro de 2008

Comer barato em Santiago


D. Augusto, no Mercado Central
Comer barato em Santiago nao é fácil,
principalmente se você for seguir as indicações turísticas e se você for estudante. Para estes restaurantes, a pedida sao sempre os pescados, afinal o Chile é um dos principais exportadores. Os mariscos sao o carro chefe. Como eu nao gosto, nem me atrevi a provar, como costumo fazer com comidas que gosto menos.
Mas comi cada salmao divino. O Chile tem uma grande produçao de salmao e é o principal abastecedor dos Estados Unidos deste produto.
Para comer barato entao, é preciso catar os restaurantezinhos sem maiores pretençoes. Nestes servem o prato do dia, com uma das três carnes mais comuns: porco, ave ou vaca. Tudo é muito farto, quando se trata das porçoes de carne. As saladas, geralmente sao só a alface ou só o repolho, a menos que você peça uma salada completa e aí vai pagar à parte. O prato do dia sai, geralmente, por 1.300 pesos, o que equivale a cerca de 5,50 reais e tem a salada (alface), um ou dois paezinhos, um molho de pimenta e um prato com carne e batata, ou arroz.
Perto da Escuela Bellavista tem uns quatro restaurantes desses. A escola fica no bairro Providência, que é muito bonito.
Andei experimentando uns pratos típicos, como o porotos com maiz, que nada mais é do que uma espécie de sopa de milho moído com uns feijoes claros (o poroto) e uns pedacinhos de frango. E também a cazuela que foi dica do Tchito. Este prato é uma mistura de pedaços de frango com legumes, como batata e abóbora, alcaparras e temperos diveros, aos quais se agrega o arroz.
As dicas sao dadas pela mamá Isabel. Ela insistiu muito para eu provar as humitas, e quando pedi uma morri de rir, ao chegar uma pamonha igualzinha à nossa, enroladinha na palha do milho e bem docinha. Estava muito boa.
Tivemos uma excursao gastronômica na quinta-feira e também tive vontade de rir. Fomos a um boteco perto do Museu Pré-Colombiano, chamado El Rapido, cuja especialidade sao os pastéis, que eles chamam de empanadas. Comi um pastelão de champignon e só faltou o "cardo" de cana. Fernando, o professor, explicou orgulhoso que o buteco tem 80 anos.
Também se pode comer no mercado central. É o mesmo tipo de mercado de qualquer lugar do mundo, mas nao deixa de ser um passeio interessante. No mercado existem uns restaurantes tradicionais e muito chiques, coisa para estrangeiro mesmo, como o Dom Augusto.
E no centro da cidade há outro bar tradicional onde a escola leva os alunos, que se chama o Piolhento, mas nesse eu nao fui. É de lanches rápidos também.
Outro passeio para estudantes é visitar os outros mercados, o Verga Chica e o Verga Central, para experimentar as frutas chilenas, como a chirimóia, os pêssegos, as uvas, as cerejas, os damascos, todas muito boas. O Chile é um grande exportador de frutas.

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