terça-feira, 2 de setembro de 2008

Um sociólogo (des)cuida da comunicação paulista

Nada contra os sociólogos, mas sou de opinião de que cada macaco ocupe seu galho. Por isso sou do bloco que defende a obrigatoriedade do diploma para se exercer o jornalismo. Exercer o colunismo, a colaboração, aí são outros quinhentos.
Começo este post com esta observação porque ouvi uma conferência do secretário de comunicação de São Paulo, na última quinta-feira (28/8), Bruno Caetano.
Sociólogo, doutor em não sei quê e tal, bonitinho, arrumadinho, novinho.
Foi expor os projetos da sua pasta num congresso de assessores de imprensa do serviço público e falou besteira uma atrás da outra.
Simpatissíssimo, quase foi vaiado, ao mostrar preconceito contra o serviço público, contra idosos e outras pérolas que deixou escapar, que mostram bem, mais do que a formação acadêmica que tem, a formação ideológica para quem trabalha.
Disse que vai contratar empresas de assessoria de imprensa, mediante licitação, claro, para suprir a carência de pessoal de comunicação, no governo paulista.
Perguntei se ele pretendia privatizar a comunicação do governo de São Paulo e sua resposta foi aquele festival de insanidades: que o setor público fica desatualizado (devem ter esquecido de avisar para ele que aquele auditório era de assessores de comunicação do serviço público); não tem treinamento; não sabe lidar com a internet; é composto de gente muito velha e por aí.
E a pérola máxima: concursados são e ficam estáticos, quando o setor de comunicação exige mais agilidade.
Esqueceram de avisar para ele, de novo, que o concursado trabalha para a instituição e não para o governante. Este é passageiro, enquanto aquela é permanente e deve satisfações ao distinto público que a mantém com seus impostos.
Mas o secretário de comunicação é sociólogo, queriam o quê?

Um comentário:

APPedrosa disse...

Essa nossa profissão é pisoteada por todo lado! Vai a gente querer coordenar um trabalho de sociologia para ver no que dá.
abraços,
Ana Paula