domingo, 14 de setembro de 2008

A infecção hospitalar novamente

Mais de um ano depois que comecei a escrever aqui, para aplacar a dor da perda da minha mãe, que se foi por um descuido do hospital considerado modelo em Belo Horizonte; e que antes de lhe tirar a vida, lhe impingiu um sofrimento de 22 dois dias de aparelhos, remédios, exames, traqueostomia, recebo uma mensagem em uma postagem daquele período.
Um filho angustiado me escreve contando o seu e o sofrimento da mãe, que passou por uma cirurgia bem sucedida, mas depois pegou uma infecção hospitalar.
Cláudio escreveu de uma cidade de São Paulo.
Fico imaginando o desespero dele, sozinho, à noite, diante da angústia do imponderável, à frente de um computador, buscando consolo para uma dor atroz e pedindo orações para pessoas que nunca viu.
Rezei por ele e por sua mãe ainda nesta noite.
E fico imaginando até quando iremos presenciar o sofrimento de milhares e milhares de famílias, pela perda de seus entes queridos, pela irresponsabilidade e descuido de hospitais que cobram cada vez mais caro para oferecer saúde e cura e só oferecem a morte.
Quando haverá uma lei que obrigue os hospitais a publicarem mensalmente os seus números de infecção hospitalar?
Porque comunicarem à Anvisa eles já são obrigados, desde que Tancredo Neves morreu daquela forma ignominiosa, em 1985.
Mas de que adianta comunicar à Anvisa? É preciso que a população saiba quem se preocupa ou não com a infecção hospitalar, para poder ter um parâmetro de escolha na hora de internar seus familiares.

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