Não são as mães, como dizia Cazuza, que são felizes. São as avós.
Enquanto aquelas têm de se preocupar com tudo: o bebê dormiu? Comeu? Fez xixi? Fez cocô? O cocô estava verde ou marrom? Gostou do mamão? Comeu a batatinha? Cuspiu o espinafre? Vomitou a vitamina de couve com alfafa? Chorou com a vitamina de beterraba e ovo cru?, a avó só fica sabendo de alguns detalhes por telefone.
A avó vai lá visitar o bebê, olha a coisinha, ri, brinca, põe ele no chiqueirinho, no máximo dá uma papinha, ou uma mamadeira e acha graça quando ele cospe o mamão na roupa novinha.
Mas depois vai embora. Se o bebê teve febre. Se teve de ir ao hospital. Se teve cólica, vai saber só no dia seguinte, por telefone, depois de ter dormido uma boa noite de sono e ter tomado aquele café da manhã.
E por que estou falando isso, se nem sou avó?
Bem tive um domingo de avó. Fui passar o dia com minha sobrinha-neta Giovana. Aliás não sei quem inventou este raio de parentesco. Para mim é sobrinha, se é filha da sobrinha.
Brincamos muito, ri, fiz o bebê de oito meses dar risada até soluçar, cantei, deixei-a rolar na cama na tentativa de pegar brinquedinhos, engatinhando, o que ela não faz ainda.
A menina me deu uma canseira danada e depois de, inutilmente, tentar fazê-la dormir, entreguei para a mãe e fui dormir no quarto ao lado.
A pestinha acabou dormindo com a mãe, mas um soninho de meia hora e armou logo o berreiro para voltar à atividade.
Será que a menina vai andar logo? Será que ela fala antes de um ano? Será que é hiperativa? Será que vai dormir bem esta noite?
Bem essas são preocupações da mãe.
Eu sou só a tia-avó.
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7 comentários:
Ainda bem que existem os netos e os sobrinhos-netos. Do contrário, como poderíamos rememorar nossa capacidade (e alegria) de brincar, de rir, de fazer rir e de pegar no colo aquela coisinha tão linda que, também, um dia vai embora e deixar um oco na vida e no coração?
Que pena que nem todas as avós e tias cumprem esse papel de deitar e dormir um sono tranquilo enquanto a mãe se preocupa. Algumas vezes são as avós e tias que estão ao lado da criança passando adiante as notícias à mãe....
Camila
bjs
Nossa!!!
Pior é que é mesmo!!!
Adriana,
gostei muito do seu comentário sobre esse papel de avo, agora tia-avó é muito pra minha cabeça.
E para a minha, então, Mauro. Já pensou?
Adriana,
Acho que minha mãe (que é avó) é uma privilegiada, já que minha cunhada deixa meu sobrinho duas vezes por semana na casa dela (minha mãe).
É cansativo, mas mãe gosta muito de ser uma avó participativa. E eu acho que quem só tem a lucrar é meu sobrinho: paparicado e olhado por duas avós, além das tias corujas.
Você vai ver quando a Nayara te der um netinho. Tenho certeza que você não conseguirá dormir no quarto ao lado (rs)...
Aline
Vai bobona (Adriana)... quero ver você agora se imaginando avó mas com o neto da sua filha. kkkkk
Se tia avó tá dose imagina avó de verdade.
bjs Camila
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