sexta-feira, 30 de maio de 2008

McLuhan e a Web 2.0

Pouco antes de morrer, em uma de suas últimas entrevistas, McLuhan, teórico da comunicação global, guru de quem estudou jornalismo nos anos 70, respondeu à seguinte pergunta: "qual a pergunta que nunca lhe foi feita e que gostaria de responder?"
-"Gostaria que me perguntassem se gosto de tudo isso ( referindo-se ao seu campo de pesquisa e atividade). Só para responder que não, não gosto, tenho é medo disso tudo que está vindo".
E McLuhan não tem idéia do que veio e continua vindo. Claro que, profeticamente, ele anteviu nosso mundo globalizado, não só na informação, mas na economia, política, ciência.
Mas duvido que até mesmo sua genialidade pudesse supor o quão pequeno se tornou nosso planeta, com a internet.
E por que busquei o McLuhan aqui, hoje?
Porque me ocorreu que minha curiosidade com os avanços das tecnologias de informação, tem a ver um pouco com medo também.
Medo de não conseguir mais trabalhar. Medo de não conseguir entender uma simples conversa. Medo de não entender mais o mundo.
Essa é a sensação mais evidente diante de tantas novidades a nos assaltar diariamente.
E não só pelo marketing comercial e suas inutilidades (ainda tem celular que só faz e recebe chamadas?), mas principalmente pela infinidade de recursos disponíveis na web.
Fiz mais um curso de web. Todos que aparecem, ligados à minha profissão, me atraem irresistivelmente.
Cada vez saio sabendo menos. E não se trata apenas de uma constatação socrática.
Mas da percepção de que me faltam as ferramentas para entender o que intelectualmente vislumbro. Creio que preciso fazer um curso de informática, ou algo assim.
Pois a palestra era Mídia Social: os impactos da Web 2.0 nos setores privado e público, organizada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, com o apoio da Fapemig.
O expositor foi o Oswaldo Gouveia, administrador da Rede Peabirus.
Foi uma viagem cibernética.
Mas o tempo é curto e não dá para aprofundar em nada.
O jeito é pegar as referências, dicas e ir pesquisar porque "o tempo não pára no porto, não apita na curva, não espera ninguém".
E eu quero entender um pouquinho desse mundo, enquanto estiver nele.
Volto ao assunto depois

2 comentários:

Anônimo disse...

Realmente McLuhan estava certo: o futuro dá medo, diante de tantas inovações tecnológicas. Aonde vamos parar? O que vem depois da era da informação total? Será que um dia vamos poder desligar toda essa parafernália eletrônica? Será que estamos presos para sempre? Será? Será?

Anônimo disse...

Pelo menos agora eu tenho um parente que sabe como me sinto, tento que estar à frente de toda esta parafernália de letras e assíncronos, tendo que saber com muita antescedência o que vai acontecer e proteger as pessoas que a usarão. :):)