sábado, 31 de maio de 2008

Ainda a Web e o estranhamento

Leio, leio, leio e ainda não fico sabendo de um terço do que está acontecendo. Na palestra do Oswaldo Gouveia, ele contou sobre a campanha do Obama.
Na parte de estratégias de comunicação, um cara de 20 e poucos anos, com um domínio fabuloso sobre a web, montou um verdadeiro canal mundial com o site do candidato.
O menino construiu um site pro Obama, que não custou nada. Buscou tudo que já estava disponível na web. Todas as ferramentas do site, e olha que tem de tudo, foram buscadas na rede mundial, gratuitamente.
Em um canto, há o "Obama em toda parte", com a lista das ferramentas de onde você pode acessar algo sobre o candidato: Facebook, MySpace, YouTube, Flickr, AsianAve, Digg, MiGente, BlackPlanet, Twitter, teaser, vídeos, fotologs, tudo colocado na página sem o cara gastar nada.
Há "n" endereços na internet que oferecem tais serviços gratuitamente.
E por falar em gastar, tem, óbvio, o campo de doações on line. E assim que começou a campanha foi estabelecida uma meta de 1, 5 milhão de doadores (há campos de doação de 50 a 500 dólares e um campo de "mais"). O site conta diariamente o número de doadores, que já ultrapassou muito a meta. Mas não conta a quantidade de dindim arrecadada. (Vou escrever sobre esta rede construída via internet depois).
A campanha pela internet é um multiplicador de opiniões, adeptos e tal. A página está traduzida até na China (menos doações, que a lei não permite, para estrangeiros).
Se você digitar Obama no Google, a primeira página é a chinesa. Coisa de louco, ou cibernéticos, claro.
A campanha está sendo acompanhada por milhões de pessoas pelo mundo afora, por meio dos twitters (mensagens curtas do que o Obama está fazendo, em tempo real, em espaços públicos, claro, que chegam pelo seu celular).
São milhões de "jornalistas" postando informações e milhões de aficcionados por tecnologia acompanhando e interagindo.
Isto é a web 2.0.
Por aqui temos o jornalismo colaborativo de alguns portais (Terra, Uol). Mas iniciativas de porte, vêm sempre de fora. A Índia está na linha de ponta.
Mas que importa de onde vem a iniciativa? Estamos todos conectados mesmo, mundo afora.

Ainda da campanha do Obama (isso tudo foi falado pelo Gouveia na palestra e eu fui xeretar depois no site): há um mapa do mundo no site para que os twitters sejam visualizados. Você posta daqui de BH e aparece em tempo real, no mapa múndi, com sua fotinha.
E tem também, um globo em 3D, que mostra as mensagens vistas do espaço com sua localização aqui, na pequena Terra!

Mas ainda vamos chegar à Web 2.0 no setor público. Continuo.

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