Há um ano retomei um hábito perdido nas diversas voltas da vida: ir à missa aos domingos, ainda que só de vez em quando. Alguns acontecimentos marcantes nos levam a essas decisões. Acontecimentos traumáticos, que com o passar do tempo descobrimos terem-se revestido de muitas lições.
Voltei à missa. Neste domingo fui com meu irmão e participamos de uma missa festiva, alegre, bastante cantada.
Ao final, o frei Agenor dá os recados e num desses, chamou um senhor para uma mensagem política.
O homem, que não ouvi o nome, é professor de alguma coisa e convidou a comunidade para apoiar um movimento que ele criou, contra a corrupção no país.
Já havia lido uma reportagem sobre ele em um jornal e fique surpresa com o espaço dado pelo padre.
Ficamos ali, ouvindo atentamente - embora o som estivesse ruim -, ou como disse a senhora ao meu lado "o homem falou com o microfone enfiado na boca", sobre o movimento.
Há um site e uma série de propostas para uma reforma política, cujo ponto mais significativo me pareceu o voto facultativo.
Ainda não entrei no site, só leio o folheto que ele distribuiu na porta.
Me impressionei com a iniciativa. Primeiro de uma pessoa lançar uma ONG para combater a corrupção e dizer basta aos desmandos. Depois, pela capacidade de mobilização. Pela coragem de ir em um espaço público-religioso, pregar cidadania.
E ainda pela disponibilidade do frei que cedeu o tempo e o espaço.
E finalmente, pela comunidade que reagiu positivamente.
Estamos todos cansados de tanta falcatrua. De sermos ludibriados com promessas e discursos inócuos.
Estamos todos tentando abandonar o eterno comodismo da pseudo-representatividade parlamentar.
Somos todos nós tentando tomar as rédeas de nossos destinos nas próprias mãos.
Aconselho todos a visitarem o site e participar dessa corrente. É gratificante colocar um graozinho de areia que seja, na reforma dessa nossa humanidade.
Visite:
www.rpj.org.br
domingo, 18 de maio de 2008
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