segunda-feira, 2 de junho de 2008

A Web 2.0 no setor público

Além das inúmeras informações novas sobre o que está acontecendo no mundo, o "Mídia Social" trouxe, pelo menos para mim, uma informação nova: a utilização de redes virtuais pelo cidadão.
Alguns elementos da Web 2.0, como os pagamentos on line, os formulários via internet, as reclamações e sugestões via internet para áreas públicas já existem em quase todos sites de órgãos públicos. Mas o passo à frente foi dado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia.
Dentro de uma filosofia de inovação - que em alguns países, como Espanha, tem até ministério, e em outros casos, até prêmios internacionais, como o do InnoCentive, que paga por idéias brilhantes nas áreas de negócios e empreendedorismo, química, ciências da vida, matemática, ciência da computação, engenharia, de até U$ 1 milhão -, a Secretaria de Ciência e Tecnologia criou o Sistema Mineiro de Inovação.
Lá neste portal, está a essência da Web 2.0: uma rede virtual colaborativa, com endereços, informações, comunidades, para que os interessados possam achar quase tudo: bolsas de estudo, pesquisa, financiamentos, projetos. É um portal construído por todos: professores, empresários, estudantes, Ongs, escolas. Basta entrar e se filiar na comunidade que mais lhe interessa. E se ela não existir, basta você criá-la.
Pensei na importância desse serviço, ao me lembrar de minha filha, que trabalha numa Oscip, como mediadora de conflitos em áreas de risco social (núcleo Veneza). É um programa da Secretaria de Defesa Social. Volta e meia o núcleo, que tem uma advogada, uma piscóloga, um assistente social, monta um projeto para atender os pedidos da comunidade. Já fizeram uma biblioteca num dos bairros da região. Está em andamento uma cozinha industrial, para outro bairro. Tudo com foco na mitigação da violência. Por exemplo, o projeto da cozinha tem como público mulheres e adolescentes vítimas de violência doméstica.
O mais novo projeto que está sendo gestado é um de inclusão digital para idosos e adolescentes.
Já reviraram meio mundo atrás de financiamento.
Bem agora tem um centro onde começar uma busca sistematizada.
Não estou fazendo propaganda do Simi. A iniciativa nem precisa disso, já que tem um público formador de opinião envolvido com sua construção permanente.
Acho importante divulgar ações que contribuam realmente para tornar nosso mundo melhor, para todos. E se a internet pode contribuir um pouquinho para isso, vamos passar adiante a informação boca a boca, no boca a boca informatizado, como definiu Oswaldo Gouveia.

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