O glamour das top models faz a cabeça das meninas de 12 anos em diante. Todas querem ser modelo: lindas, ricas, famosas, magérrimas.
Os megaeventos de moda, as revistas especializadas, as novelas alimentam isso cotidianamente.
Poucas são as pré-adolescentes hoje em dia que querem ser médicas, professoras, cientistas, como antigamente.
Se são apenas bonitinhas e magrinhas querem ser modelo, atrizes e tal.
Vejo uma menininha andando pelo estacionamento de um grande centro comercial e esta idéia me veio à cabeça.
Talvez ela não tenha 13 anos. Mas já desfila.
Um shortinho mínimo, camuflado, barriguinha de fora, sapatilha de saltinho colorida e um cabelão chapado até na cintura. Argolões nas orelhas, unhas azuis e sombra na pálpebra também azul. E baton chamativo, claro.
Ainda atrás dela vou acompanhando os olhares masculinos que atrai, apesar da magreza, quase sem peitos ou coxões, ou bundão.
Mas ela desfila, desliza, empinadinha, com aquela curva impossível na coluna, que os ortopedistas classificam de hiperlordose, mas que para as modelos é "gracioso", porque ajuda no "trote".
Curiosa, passo à frente para ver o rosto e me decepciono. Nariz grande aquilino, lábios grossos, dentes meio desalinhados, quase feia.
Mas que importa? Ela é magricela e acha que um dia vai ser alta, alta e virar top.
terça-feira, 1 de julho de 2008
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