Leio numa notinha simples, perdida entre as milhões na internet, que aquele bebê que morreu numa escolinha em São Paulo, estava com meningite virótica.
Ninguém noticiou este detalhe com estardalhaço como fez quando o pequeno Gabriel morreu.
Ninguém fez plantão na porta do hospital Nipo-Brasiliero, que liberou o laudo sobre a meningite ontem, como fez na porta da delegacia no dia em que a dona da escola foi prestar esclarecimentos.
Assim a história se repete, ad infinitun: todos condenaram a escolinha, suas professoras, seus donos, pela morte de Gabriel, que além da meningite, sofria de refluxo.
Já se condenou uma escola outra vez, mas mesmo assim a mídia não aprende.
É correto noticiar o fato, mas é mais ético e profissional dar o mesmo espaço para esta nova informação.
Ela pode significar tudo no esclarecimento daquele triste episódio.
No entando, o que se vê é o completo silêncio, até agora, mesmo porque já entrou algo com "mais ibope" na pauta da mídia.
E o distinto público que se dane, bem como os donos da escolinha.
Continua a prevalecer a máxima de que "a imprensa constrói e destrói mitos".
Isso se chama irresponsabilidade.
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2 comentários:
Concordo com você; também detesto esse tipo de o "escândalo" montado. Mas só acrescento o detalhe que os médicos confirmaram que o bebê tinha meningite, mas não consideram que a doença foi a causa da morte.
Mas, com certeza, toda a imprensa acusou a escola antes da hora, "comprando" o lado dos pais sem saber o que de fato aconteceu, todas as circunstâncias etc.
Mais uma das facetas tristes da nossa imprensa...
Sarah
Fantástico o texto, Adriana. Eu sou uma das tantas que não viram esse "detalhe".
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