quarta-feira, 20 de agosto de 2008

De MMX, mineroduto e web

A MMX pode ter muito dinheiro para investir na compra da opinião pública. Ou das comunidades por onde vai passar seu mineroduto.
E é o que está fazendo, pois uma de suas estratégias empresariais, na região de Conceição do Mato Dentro, Serro, Alvorada foi reunir a comunidade para "discutir" o projeto.
Claro que a discussão foi comandada por gente expert em mobilização comunitária. A empresa do Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, que está com uns probleminhas lá no Amapá, contratou uma empresa para convencer os moradores da Serra do Espinhaço de que a mineração por lá vai ser um negócio da China.
Aliás, negócio da China mesmo, já que o minério de ferro vai mesmo para aquele país. Aliás de novo, a MMX, projeto Minas Rio, nem é mais do Eike, mas da Anglo American.
O filho do Eliezer Batista - que na década de 70 foi o homem forte da mineração no Brasil, à frente da Vale do Rio Doce, que era uma empresa pública, portanto, uma casa de mãe Joana, onde todo mundo metia a mão -, virou mesmo foi um megaespeculador. Montou uma empresa, conseguiu atravessar a burocracia, graças aos contatos nos altos escalões, e já passou a bola, faturando U$ 5 milhões.
Mas por que voltei a este assunto sem mais nem menos?
É que em março fiz uma postagem sobre isso e agora ela recebeu um comentário.
Um advogado deixou hoje um comentário, informando que está numa causa de uma pessoa que resiste bravamente às investidas da MMX.
Assim como uns índios tomaram um caminhão da empresa recentemente, no primeiro imbróglio público da dona poderosa, a senhora lá do Espinhaço disse que não sai.
Deve ter cantado para os asseclas da MMX: "daqui num saio, daqui ninguém me tira".
A corajosa senhora deve ser parte dos 20% que se recusam a fazer o acordo com a MMX, de permitir o mineroduto em suas terras. Mas há outra família que também me contatou.
O advogado Hugo bem que podia deixar uma forma de contato comigo, para me manter atualizada sobre o andamento da ação. No alto do meu blog há o meu endereço eletrônico.
Preciso conhecer os detalhes da resistência!

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