Andar de ônibus coletivo em outras cidades é sempre interessante. Dá para ouvir uns pedaços de conversa que deliciam.
De Olivença para Ilhéus pego um coletivo e vou ouvindo dois camaradas conversarem uma conversa muito engajada, sobre identidade cultural e antropológica do povo baiano.
Um participou de um seminário sobre a cultura local e o outro é estudante de não sei o quê.
E a conversa só aumentando de nível, resvalando para a má-educação como causa do desinteresse dos brasileiros por suas tradições e cultura.
Mas o estudante acha que o ensino é ruim porque os professores ganham mal, enquanto o outro sai com uma explicação estapafúrdia sobre o preconceito entre índios e negros: "o negro vê a crítica como algo negativo, enquanto o índio a vê como um elogio" .
E o arremate do longo papo foi demais: depois de tirar uma "dialética" do nada, o estudante desce, se despedindo de seu camarada, com um sonoro "valeu brother".
Mas melhor mesmo foi, noutra viagem, uma idosa que se desentendeu com a cobradora do ônibus e soltou em alto e bom som:
"- Sua quenga velha, *b de *p murcho"!
E as placas, então?
Um verdadeiro show como esta em Olivença: "aqui comida Ala Cart"
terça-feira, 24 de junho de 2008
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