E para acabar de vez com esta polêmica sobre as 7 Maravilhas do Mundo, por que não aumentá-las de 7 para 10 ou 20? Assim todo mundo ficaria contemplado. E os franceses não precisariam chorar pela ausência da Torre Eiffel. Os espanhóis não precisariam atacar o Cristo Redentor porque o Allambra não entrou. E nem os alemães precisariam ficar naquela olímpica indiferença, dizendo que o resto do mundo não tem refinamento, só porque o castelo Neuschwanstein também ficou de fora.
Engraçado que a escolha das novas sete maravilhas recebeu a crítica de todo mundo: desde a Unesco, até cientistas, arqueólogos, artistas, arquitetos, jornalistas. Todo mundo criticou a forma de escolha, a votação pela internet e pelo celular, tudo pago. Nisso têm razão; quem fez mais campanha, levou.
Pela escolha cibernética, as novas maravilhas do mundo são: o Cristo Redentor, do Brasil; a Grande Muralha da China; a cidade de Petra, na Jordânia; Machu Picchu, no Peru; a Pirâmide Chichén Itzá, no México; o Coliseu, em Roma; e o Taj Mahal, na Índia.
Mas as tradicionais maravilhas do mundo antigo - Pirâmides de Gizé, os Jardins Suspensos da Babilônia, a Estátua de Zeus, o Templo de Artemis, o Mausoléu de Helicarnassus, o Colosso de Rodes e o Farol de Alexandria -, estas escolhidas pelo sábio bizantino Fílon no século III a.C., continuam no nosso coração, pois é coisa que a gente aprendeu na escola primária e não esquece mais, apesar de estarem de pé somente as pirâmides.
E para que ninguém mais tenha dúvida de que a escolha foi só uma jogada de marketing, inventada pelo canadense Bernard Weber, que muita gente considera um bom “picareta”, a Unesco meteu o pau no concurso, afirmando que o “O New7Wonders é mais direcionado para motivos comerciais do que para conservação de um patrimônio”.
Mas eu acho louvável um dos objetivos do concurso, que após três anos, nem sei se ainda permanece: a destinação de parte dos recursos arrecadados para a restauração dos “budas de Bamiyan”, no Afeganistão, destruídos em 2001, pelos mentecaptos dos Talibãs.
Para que todo mundo ficasse satisfeito, torno a defender o aumento de sete para 10, ou 20 maravilhas, como a lista inicial do tal concurso, que tinha 77 monumentos, depois 21: Acrópolis, Grécia; Alhambra, Espanha; Castelo Neuschwanstein, Alemanha; Coliseu, Itália; Cristo Redentor, Brasil; Estátua da Liberdade, EUA; Estátuas da Ilha de Páscoa, Chile; Grande Muralha, China; Igreja de Santa Sofia, Turquia; Kremlin, Rússia; Machu Pichu, Peru; Ópera de Sydney, Austrália; Palácio de Petra, Jordânia; Stonehenge, Grã-Bretanha; Taj Mahal, Índia; Templo de Angkor, Camboja; Templo de Kiyomizu, Japão; Templo Maia, México; Torre Eiffel, França; Timbuktu, Mali.
Pelo menos, o mundo todo ficaria ligado nestes monumentos e se interessaria por sua preservação, não deixando que presentes ou futuros "alucinados dirigentes” os destruíssem.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
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2 comentários:
oi adriana,
outra solução seria deixar com q cada país pudesse ter uma maravilha na lista. assim cada um escolheria a sua e todos ficariam satisfeitos! bjs
Oi Adriana,
o blog está muito legal. Eu gostei de ver o Cristo entre as "maravilhas" e achei engraçado franceses, alemães e espanhóis descobrirem que o concurso era uma "farsa global" só depois do resultado. Claro que ele pode ser questionado em muitos aspectos, e a Unesco o fez durante as votações, mas chorar sobre o leite derramado tira um pouco da credibilidade dos argumentos.
Dá uma olhada lá no meu blog depois (www.escritosaovento.blogspot.com).Agraços,
Ana Paula
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