A moça olha seu celular sem parar. Confere e-mails.
E é sábado e o dia está lindo, com sol claro e céu azul.
Será que ela não vê o tempo?
Não vê as pessoas à sua volta, conversando, rindo?
Vê mas não enxerga?
Que pena ter tanta tecnologia e ficar escrava dela, trabalhando quando deveria estar ouvindo os passarinhos, os risos de seus convidados, o barulhinho das folhas nas árvores, o movimento do vento.
Mas o celular que acessa e-mails é ferramenta de trabalho, de escravidão e nem todos se dão conta disso.
Saem de férias, de licença médica, de feriados, mas carregam o trabalho junto. Carregam a angústia também.
Que pena ter de ficar 24 horas lendo e-mails e ficar com eles estampados na cara amarrada, no rosto congestionado, na mudez, no distanciamento.
Algumas coisas ficam na face, indelevelmente.
E desconectar é tão simples!
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2 comentários:
Menina, eu testei um celular desses para uma matéria e cheguei à mesma concluão. Deus me livre de um desses. Não quero carregar trabalho, preocupação e tecnologia para todo canto, não.
Engraçado, Ana, é que até bem pouco tempo nem tínhamos celular, e nem por isso deixávamos de nos comunicar, ou de saber do que acontecia mundo afora.
É bom a novidade, mas não podemos esquecer que mais importante é o ser humano.
Bração
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