Não foram só as cadeias de Ubá e Cataguases que me levaram a algumas reflexões. Visitei também a de Frutal, no Triângulo mineiro.
Embora em condição um pouco melhorzinha que as outras duas, ainda guarda aquela imagem de curral, de masmorra. Lendo outras matérias sobre cadeias, só fica a impressão: o sistema todo está falido.
Aliás, a impressão é mais ampla: não é só o sistema penitenciário, mas todo o estado está falido. Os problemas no atendimento de saúde à população de baixa renda, mostrados diariamente pelas televisões. Basta acompanhar, a escalada da dengue.
A degradação da educação, também para a população carente, está aí para ser conferida a qualquer momento.
Se se não se faz parte da classe que pode pagar com facilidade, ou daquela que a duras penas também ainda paga a saúde e educação particulares, o resto é o fracasso.
Daí não se poder ignorar a pergunta: para que serve o estado?
Se o estado não consegue garantir segurança, saúde e educação, pelos quais pagamos, para que precisamos dele afinal?
Não seria a hora de revermos os termos do contrato que fizemos quando saímos da fase do "o homem é o lobo do homem" e criamos o estado?
Vai chegar um momento que todos vão descobrir que não vale mais a pena termos o estado só para que alguns se locupletem, com cartões corporativos ou não.
sábado, 12 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário