domingo, 7 de outubro de 2007

Prosa Sub: o mergulho como metáfora da experiência humana

Hoje eu ataco de crítica literária e recomendo o livro com resenha da Flávia Mari transcrita abaixo. Compareçam ao lançamento no Maramar.


Um convite ao mergulho no mar, mas também na linguagem e na experiência humana. Essa é a mensagem que Leonardo Lúcio Machado quer transmitir em seu livro Prosa Sub, publicado pela editora Ophicina de Arte e Prosa. O lançamento do livro acontece no dia 24 de outubro, quarta-feira, às 19 horas, na escola de mergulho Maramar (rua Piauí, 1714 - Funcionários).
No livro, o autor conta a emoção de um mergulhador angustiado entre o prazer despertado pela experiência e a estranha sensação de estar envolto em "um ambiente sem ar" , estranho ao nosso. "Diante da mudança. Diante da necessidade de me adaptar. Diante do risco, que sempre existe, de me afogar" , conta.
Mas apesar de tratar dos sentimentos e experiências do mergulhador, o livro não se limita aos oceanos e não diz respeito apenas aos adeptos do esporte ou aos interessados em iniciar sua prática. Pelo contrário, é um mergulho na linguagem, na medida que o autor brinca com as palavras, com a ordem dos capítulos e com a capacidade do leitor de desvendar esses jogos.
É também um mergulho na experiência humana. O mergulho pode ser então compreendido como uma grande metáfora do aprendizado de convívio consigo mesmo e com o outro. O mergulhador não mais se vê diante do desafio de se adaptar a um ambiente estranho, mas à sua existência e à existência do outro. E de, como diz o professor de literatura Fabrício Marques na apresentação do livro, "na iminência do risco, voltar à superfície".
O autor - Formado em Direito, pela Faculdade Milton Campos, e em Letras, pela UFMG, Leonardo Machado é escritor, artista plástico e músico.
Já expôs suas pinturas na galeria de arte do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no espaço cultural do Café com Letras. Em 1997, publicou seu primeiro livro de poesias, Tentativa de induzimento ao próprio suicídio - um livro alegre como os olhos dos peixes. Desde 1996, é servidor do Tribunal de Justiça.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns, Fláviah! Você brilhou!
Recomendo que todos comprem e leiam o livro. E que compareçam no lançamento.

flavia disse...

valeu leitorah pelo comentário e valeu adriana pelo apoio na divulgação! bjs