Vou botar o papo em dia, agora enquanto aguardo o transfer para o aeroporto.
No domingo fui para o Pontal da Barra, já que estava uma chuva danada, e fiquei por lá, admirando as rendas feitas, manualmente, em Pernambuco.
O famoso bairro das rendeiras de Alagoas é hoje um comércio globalizado com cartão de crédito e tudo. E com produtos como a famosa renda renascença, o richelieu, o crivo, o redendê, buscados em Poções e Paineiras, em Pernambuco.
A renda de Alagoas continua sendo o filé, aquela que parece uma rede de pesca e serve de cortina, toalha e saídas de praia.
Tenho uma toalha comprada lá no Pontal, há 30 anos e está perfeita. Com certeza já era daquelas de Pernambuco.
Mas que importa, a globalização é isso mesmo.
O pior, o que descaracterizou totalmente as famosas rendas, é uma toalha sintética, que eles dizem ser de fibra de coco, tecida em máquina. É feia, mas é baratinha e a turistada leva de montão.
As bonitas, bordadas a mão, feitas ao longo de meses, custam acima de R$ 300,00. Tem umas de renascença que custam até R$ 1.500,00, mas é aquela lindeza, coisa que nossas mães tinham em seus enxovais.
A toalha de fibra de coco é feita em Americana, São Paulo e é como um produto do Paraguai, já viu né?
Volto para o hotel de ônibus e pego um fim de tarde azulado.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário