segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Renan e a CPMF

Ao contrário do que Sarah disse em seu comentário, vi sim o quebra-pau dos deputados para assistir a sessão secreta do Senado. Vi o Gabeira ("O que é isso, companheiro"?)dar e tomar pernada, bem como o Jurgman, com aquele tamanho todo, ser empurrado pelo segurança. Coisa do parlamento da Coréia, sem querer ofender os coreanos, que adoram trocar uns sopapos.
Mas voltando ao assunto sério e deixando, momentaneamente, minha irresistível vocação para José Simão.
O próximo papelão do Senado (e Câmara) é a votação da CPMF. É aí que entra a absolvição do Renan e a certeza de que teve o dedinho do governo naquela sordidez toda. O governo não podia arriscar deixar alguém como ele, "arquivo vivo", de fora do comando, afinal, os últimos tempos mostraram que o Congresso funciona à base da chantagem.
Dizem que o governo está "comprando" deputados e senadores para aprovarem a facada. Tem deputado da "oposição" chamando a investida de "neomensalão", "mensalão II" e eu chamo de "a hora do espanto 4 ou 5".
A CPMF, que foi criada para socorrer a saúde e não socorreu nada, a não ser a megalomania desse e do governo passado, teria que acabar no final do ano.
Mas claro que vão dar um "jeitinho" de ela continuar, afinal, de acordo com a ekipeconômica de Brasília (imagine, o relator do projeto é o deputado Palocci, ou "Palóffi", dá para acreditar?), se a cobrança for extinta, o tesouro perde 40 bilhões de reais.
E a chantagem começou cedo; com os homes do Planejamento, Fazenda e Casa Civil já ameaçando com cortes, sabe aonde? Para universidades, pesquisa, PAC (este ainda nem saiu do papel e já está sendo cortado, não é hilário?).
Se este fosse um governo sério respeitaria a opinião pública e a sociedade organizada e encerraria de vez este tributo, travestido de contribuição.
E cortaria gastos: nos cartões de crédito institucionais; nas enormes comitivas de Sua Majestade; na contratação desenfreada de militantes. Principalmente neste ítem, campeão do déficit orçamentário.
O Estado brasileiro precisa reencontrar uma de suas finalidades: financiar o investimento social e abandonar o financiamento de si próprio. É preciso sair do atoleiro dos meios e começar a olhar com seriedade para o mar dos fins.
Vamos todos nos juntar à campanha do "Xô CPMF". Mande textos, este ou outros, para suas listas e, principalmente, para o Congresso.

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