quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Lula Chávez

O sonho de Lula, quando crescer, é ser Hugo Chávez. Para isso já dá tímidos passos, às vezes rasputidianamente, outras escancaradamente mesmo. No "imbróglio" da CPMF usa as duas táticas.
Lula quer ser Chávez para "enfrentar" os grandes opressores, como Chávez faz com os Estados Unidos, a quem cutuca de levinho, mas a quem entrega 90% de seu petróleo, afinal ninguém é de ferro, quando se trata de dólares.
Para votar a CPMF hoje (19), Lula fez a Câmara funcionar noite adentro e conseguiu destrancar a pauta. Ao contrário do que eu disse ontem, não vai reduzir nada do PAC. Vai é aumentar e foi isso que foi votado na sessão coruja. Um aporte polpudo para o PAC, programão (sem trocadilhos,por favor), que nunca sai do papel.
Mas é de onde sairá o "mensalão II", via obras para as bases dos parlamentares que votam com Lula. Roberto Jefferson deve estar rindo à-toa ao ver o mesmo esquema funcionando; e chorando à-toa, também, por não estar lá mais, participando do butim.
A CPMF vai ser prorrogada hoje, em duas votações. Sessões é o que não faltam, afinal o Chinaglia convocou a turma toda para o dia inteiro. E depois o projeto cai no Senado. Aí, no melhor dos mundos, é tchau, tchau.
E nós continuaremos a pagar as mordomias da companheirada por mais quatro anos.
Se legislação houvesse, como nos países civilizados, os governos não poderiam aprovar ações que ultrapassassem seus mandatos. Principalmente quando se tratassem de casuísmos e improvisações, como este de agora e outros tantos, marca registrada de todos os governos brasileiros de agora e de antanho.
Hugo Chávez brinca de líder continental. Enfrenta tudo e todos, de peito aberto e camisa desfraldada. E vai levando sua ditadura dourada como democracia. Suas ações são espetaculosas, midiáticas, porque sem os holofotes não há neogoverno que se sustente.
Lula bem que tentou ser o líder dos povos americanos. Mas, coitado, não nasceu na Venezuela ou Argentina e sim no Brasil, onde falamos português e não espanhol, aqui reconhecendo a língua como um dos mais significativos aspectos para qualquer dominação. Depois do poder econômico, claro.
Ambos queriam ser Fidel. Pela personalidade, pela posição na história mundial, pela lenda, pela adoração popular. Mas não passam de cópias bufas a agradar pequenas parcelas populares, sedentas de identificação e massificadas por um caldão de disparates "markedológicos", de fazer inveja a Goebels ("qualquer mentira repetida a exaustão acaba por se tornar uma verdade").

2 comentários:

Anônimo disse...

Que isso, deixa disso, pára com isso... Deixa o governo aprovar mais um impostozinho. A essa altura do campeonato, nem faz diferença um a mais ou a menos. Afinal de contas, o governo precisa de dinheiro pra bancar os nossos "polpudos" contracheques de marajá...

Anônimo disse...

Eidrieina,
sobre este assunto não tenho inteligência para palpitar.
Não dá pra falar de algo mais simples, não? Tipo as cores das novas coleções de esmalte?

;)