Enquanto a criação de parques ambientais leva cinco, dez anos, para sair do papel, a atividade minerária vai de vento em popa. Para transformar a Serra do Ouro Branco em parque estadual, a comunidade de Ouro Branco e algumas pessoas de Ouro Preto, estão lutando há mais de quatro anos. Mas o negócio não sai do papel.
Não sai justamente porque não é "negócio".
"Negócio" mesmo é a exploração do minério de ferro de Conceição do Mato Dentro, Alvorada de Minas, Serro e Dom Joaquim pela MMX.
A agilidade dessa empresa é coisa de louco. O sistema (como ela chama) Minas-Rio tem menos de dois anos no mercado e já rendeu milhões para seu fundador, o Eike Batista. O troço ainda nem produz nada e já virou operação financeira bilionária.
Em junho passado, a empresa anunciou uma valorização de seu capital de 123% e neste mesmo mercado, a MMX vale agora R$ 7,8 bilhões.
E o tal sistema Minas-Rio teve 49% de seu capital comprado pela Anglo-American em julho.
É negócio de muitos bilhões, que a população não usufrui, a não ser por uns caraminguás chulos, parecidos com os espelhinhos e contas dos portugueses de 1.500.
E o ferro vai escoar, inexorável, pelo andar da carruagem, para o porto do Rio. E de lá para o mercado internacional (China à frente), como mais uma matéria-prima barata, sem valor agregado, que rende uma mixara para os governos municipais, do Estado e federal e um dinheirão para a meia dúzia de "donos", deste rico e desprotegido solo pátrio.
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