A abertura da Conferência Mundial "Campanha de Liderança Climática 2020", trouxe um Lester Brown mais pessimista do que costuma ser normalmente. Brown é um dos bambambans mundiais sobre mudanças climáticas.
A conferência foi aberta ontem, no Palácio das Artes, pelo governador Aécio Neves e o prefeito da Capital, Márcio Lacerda, que se comprometeram a entrar de cabeça na meta da State of the World Forum, que lidera o movimento mundo afora, de trabalhar na redução paulatina da emissão de carbono até o índice de 80%, em 2020.
Lester Brown, que muitos consideram catastrofista, disse que as mudanças climáticas estão acontecendo rápida e assustadoramente e serão responsáveis por enormes desastres ambientais. Segundo ele, o derretimento das geleiras está cada vez mais acelerado, prenunciando o desaparecimento de extensas áreas costeiras, além de influir decisivamente na produção de alimentos.
Conferência
Até sexta-feira (7), especialistas do mundo vão discutir soluções para conter o aquecimento global. O objetivo é levar uma proposta para a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que acontece em Copenhague, Dinamarca, em dezembro.
E Brown já tem a receita para atacar o problema: diminuir a emissão de carbono passa, necessariamente, pela mudança de modelo energético, com o uso de energias eficientes; pela substituição do óleo, carvão e gás natural, por energia renovável como a solar, a eólica e a térmica; e pelo fim do desmatamento.
Mudança de hábitos
Jim Garrison, presidente da State of the World, disse que a campanha tem como foco a transformação das pessoas: "Queremos que cada um se transforme num líder climático". Para isso, basta que todos mudem seus hábitos diários, de acordo com o receituário de Lester Brown: substituir o uso de carros por bicicletas, optar por equipamentos que consumam menos energia, consumir alimentos naturais.
Siderúrgicas
Mas sinalizando que o calcanhar de aquiles é mesmo a indústria, Brown disse que é preciso rever a política oficial para o setor, principalmente entre as siderúrgicas. Ele disse que o modelo de créditos de carbono (Protocolo de Kyoto) não é satisfatório, porque não tem regras claras.
Para ele, melhor do que o negócio do crédito de carbono, que alcançou até a bolsa de valores, é mais eficiente impor ou aumentar impostos para as empresas.
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